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Naufrágio após círio em Macapá provoca morte de seis

No retorno para Santana, a embarcação virou em frente a uma região conhecida localmente por Igarapé das Pedrinhas


	Fortaleza de São José de Macapá (AP)
 (Divulgação / Jorge Júnior / Governo do Amapá/Divulgação)

Fortaleza de São José de Macapá (AP) (Divulgação / Jorge Júnior / Governo do Amapá/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2013 às 15h54.

São Paulo - Seis pessoas morreram e 34 foram resgatadas após o naufrágio de uma embarcação por volta das 10h30 deste sábado, após o círio fluvial de Macapá, de acordo com informações da Capitania dos Portos do Amapá, órgão responsável pelas atividades de navegação no Estado.

A embarcação saiu de Santana (AP) por volta das 7h30, junto com outros 37 barcos que participaram da procissão que levou a imagem de Nossa Senhora de Nazaré até Macapá. No retorno para Santana, a embarcação virou em frente a uma região conhecida localmente por Igarapé das Pedrinhas.

"Não sabemos como o acidente aconteceu, vamos ter que apurar", afirmou Carlos Neves, capitão dos Portos no Amapá, representante da autoridade marítima estadual. Segundo ele, não havia indício de superlotação. Neves disse que foi feita uma vistoria dos barcos na saída para a procissão. A embarcação que naufragou transportava 40 pessoas, número de sua capacidade máxima, na ida para Macapá e havia colete para todos, segundo Neves.

"Era uma embarcação nova, construída em 2010, e recentemente fiscalizada pela Capitania. O que aconteceu é um infortúnio", disse Neves. A embarcação deveria ter três tripulantes, e todos estava lá, de acordo com Neves. Ainda não há informações se, além do comandante, houve outros mortes entre os tripulantes.

O naufrágio foi num trecho raso, e as condições climáticas eram boas, não tinha vento", contou. A profundidade no local varia de 1,5 metro a 5,0 metro, dependendo do nível da maré. No horário do acidente, a maré estava cheia, segundo Neves. Pela tarde, metade da embarcação permanecia dentro do rio, e a outra parte, para fora.

O capitão dos Portos no Amapá estimou que o naufrágio deve ter durado menos de cinco minutos, e disse que a maioria da pessoas foi resgatada por embarcações que estavam nas proximidades. "Não vimos o que aconteceu, porque na volta da procissão, não tem um deslocamento ordenado dos barcos, cada um vai para uma direção", explicou. "Foi muito rápido, coisa de menos de cinco minutos".

Neves acrescentou que o corpo do comandante foi encontrado na praça de máquinas da embarcação, compartimento onde estão instaladas as máquinas de propulsão e os seus auxiliares. Segundo ele, o comandante não deveria estar lá, mas sim à frente da embarcação, orientando sua direção. O inquérito que será realizado pela Capitania dos Portos apontando as causas do acidente tem até 90 dias para ser concluído.

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