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Não procurei nome no Google, diz executivo da Sanko

Márcio Andrade Bonilho afirmou durante depoimento à CPI da Petrobras que pagou R$ 33 milhões em comissão ao doleiro Alberto Youssef

Márcio Bonilho durante depoimento na CPI que investiga denúncias de corrupção na Petrobras (Marcos Oliveira/Agência Senado)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 20h26.

Brasília - O sócio da Sanko-Sider Comércio de Produtos Siderúrgicos, Márcio Andrade Bonilho, afirmou nesta quinta-feira, durante depoimento à CPI Mista da Petrobras , que pagou R$ 33 milhões em comissão ao doleiro Alberto Youssef.

Segundo ele, o pagamento foi feito porque Youssef intermediou negócios da empresa com construtoras.

Bonilho sustentou também que soube que o doleiro havia repassado parte do dinheiro a dois executivos da construtora Camargo Corrêa. Ele negou irregularidades nas transações.

O empresário declarou que contratou Youssef porque ele tinha um "bom tráfego" entre as empreiteiras, mas que veio a saber somente depois que se tratava de um doleiro.

"Eu não entrei no Google para checar o nome dele", disse.

Segundo Bonilho, a Sanko fechou 12 negócios a partir dos contatos do doleiro e pagava a ele comissões que variavam 3% e 15% da margem de lucro.

O principal deles foi o do consórcio CNCC, liderado pela Camargo Corrêa, para a obra da refinaria de Abreu e Lima. Só nesse contrato, a Sanko-Sider recebeu R$ 198 milhões.

O depoimento não convenceu os parlamentares da oposição que acompanharam a sessão da CPI. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) acusou o empresário de mentir ao dizer que não sabia quem era Youssef.

"Seria muito bom se o senhor viesse a esta CPMI e falasse a verdade. O senhor tentou, aqui, nos enrolar, nos enganar e está usando da mentira", disse.

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Brasília - O sócio da Sanko-Sider Comércio de Produtos Siderúrgicos, Márcio Andrade Bonilho, afirmou nesta quinta-feira, durante depoimento à CPI Mista da Petrobras , que pagou R$ 33 milhões em comissão ao doleiro Alberto Youssef.

Segundo ele, o pagamento foi feito porque Youssef intermediou negócios da empresa com construtoras.

Bonilho sustentou também que soube que o doleiro havia repassado parte do dinheiro a dois executivos da construtora Camargo Corrêa. Ele negou irregularidades nas transações.

O empresário declarou que contratou Youssef porque ele tinha um "bom tráfego" entre as empreiteiras, mas que veio a saber somente depois que se tratava de um doleiro.

"Eu não entrei no Google para checar o nome dele", disse.

Segundo Bonilho, a Sanko fechou 12 negócios a partir dos contatos do doleiro e pagava a ele comissões que variavam 3% e 15% da margem de lucro.

O principal deles foi o do consórcio CNCC, liderado pela Camargo Corrêa, para a obra da refinaria de Abreu e Lima. Só nesse contrato, a Sanko-Sider recebeu R$ 198 milhões.

O depoimento não convenceu os parlamentares da oposição que acompanharam a sessão da CPI. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) acusou o empresário de mentir ao dizer que não sabia quem era Youssef.

"Seria muito bom se o senhor viesse a esta CPMI e falasse a verdade. O senhor tentou, aqui, nos enrolar, nos enganar e está usando da mentira", disse.

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