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Não existe divisão entre militares e olavistas, diz Bolsonaro

Em entrevista, o presidente afirmou que o ministro da Secretaria de Governo, que é alvo de críticas de Olavo de Carvalho, tem seu respaldo completo

Bolsonaro: o presidente afirmou que se reuniu nesta segunda-feira com o ministro Santos Cruz (Esteban Garay/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de maio de 2019 às 16h28.

Última atualização em 6 de maio de 2019 às 18h18.

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro minimizou nesta segunda-feira, 6, o embate dentro do seu governo entre militares e seguidores do escritor Olavo de Carvalho . Segundo ele, não existem dois times opostos e essas discussões seriam "coisas pequenas" diante dos desafios do País.

Questionado por jornalistas ao deixar o edifício do Ministério da Economia, o presidente respondeu ainda por que não fez uma defesa pública do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, que tem sofrido ataques de Olavo. "De acordo com a origem do problema, a melhor resposta é ficar quieto. Temos coisas muito mais importantes para discutir no Brasil. Aqueles que porventura não têm tato político estão pagando o preço junto à mídia", respondeu. "Não existe grupo de militares e de Olavo aqui. Somos um time só", completou.

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Bolsonaro e Santos Cruz se reuniram ontem à noite no Palácio da Alvorada. O presidente reforçou que o ministro em nenhum momento falou em deixar o governo. "Santos Cruz está agora em São Gabriel da Cachoeira (AM) discutindo assuntos fundiários e indigenistas. Estive com ele ontem à noite e tivemos uma conversa normal como tenho com os outros ministros. Ninguém pediu demissão, nem a (ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos) Damares Alves, como foi noticiado", acrescentou.

O presidente não quis comentar as respostas do general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas aos ataques de Olavo a membros das Forças Armadas. "Não tenho nada a ver com General Villas Bôas, é um comandante que eu respeito", desconversou. "Os ministros estão todos fazendo o que é determinado. Não podemos sacrificar 208 milhões de pessoas por coisas menores", concluiu.

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