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"Não debato com condenados por crime", diz Moro sobre Lula

Durante evento, o juiz se negou a responder fala do ex-presidente Lula sobre a atuação da Justiça

Moro ainda criticou o foro privilegiado e disse que casas legislativas podem agir "com desvio de poder" (Nelson Almeida/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 13h41.

Última atualização em 8 de dezembro de 2017 às 13h47.

Rio - O juiz federal Sérgio Moro disse nesta sexta-feira, 8, que "não debate publicamente com pessoas condenadas por crime" e se negou a responder fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem a atuação da Justiça tem servido para desmoralizar a Petrobras e o Rio de Janeiro.

Após participar de evento na sede da estatal do petróleo, no centro do Rio, Moro ainda criticou o foro privilegiado e disse que casas legislativas podem agir "com desvio de poder", ao evitar a prisão de parlamentares.

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"O foro privilegiado fere o princípio da igualdade. Todas as pessoas têm que ser tratadas de maneira igual perante a lei. O princípio da igualdade está na base da nossa democracia. Por outro lado, na prática, os tribunais superiores estão assoberbados de processos, estão sobrecarregados de recursos", afirmou.

Segundo o juiz, é preciso pensar também nos mecanismos de proteção jurídica dos agentes políticos. "Houve aquela discussão se está sujeita ou não uma prisão de um parlamentar a uma casa legislativa, não vou entrar no mérito da controvérsia. Mas, ainda que se for reconhecer alguma espécie de proteção, ela deve ser utilizada para proteger o parlamentar quanto a eventual perseguição política por conta da sua opinião pública e não para protegê-lo de investigações ou perseguições por corrupção", acrescentou.

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