Nadadores admitem que mentiram para salvar namoro de colega
A policiais da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), os dois atletas afirmaram que a mentira foi articulada por Ryan Lochte
Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2016 às 20h46.
Rio - Em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro, os nadadores norte-americanos Gunnar Bentz e Jack Conger reconheceram nesta quinta-feira ser mentirosa a história de um suposto assalto que teriam sofrido com os colegas Ryan Lochte e James Feigen na madrugada do último domingo.
A policiais da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), os dois atletas afirmaram que a mentira foi articulada por Ryan Lochte, para preservar o relacionamento conjugal de um deles.
O jovem - não foi identificado qual - teria "ficado" com uma jovem em uma festa na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul.
Segundo Fernando Veloso, chefe da Polícia Civil do Rio, o taxista que levou para casa duas jovens que estiveram com os nadadores naquela madrugada depôs e confirmou a versão, que havia escutado dentro de seu carro, quando as mulheres conversavam.
"Não houve roubo, eles não foram vítimas como relataram", disse Veloso.
Lochte também foi apontado como o "mais exaltado" dos quatro quando promoveram a depredação do banheiro de um posto de gasolina na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Veloso disse que os nadadores estavam alcoolizados e quebraram espelhos e saboneteiras do local.
Quando foram abordados pelos seguranças, que constataram o dano, eles teriam ficado nervosos e tentado ir embora.
Foram, então, impedidos pelos agentes, que apontaram uma arma na direção dos atletas, mas sem uso de violência física, segundo o delegado.
Os seguranças são policiais que faziam um trabalho extra no local - em conformidade com a lei, afirmaram, e ligaram para a Polícia Militar.
Uma testemunha que passava pelo posto no momento da "confusão" também foi ouvida pela Polícia. Ela contou que se dispôs a traduzir o diálogo, e explicou aos nadadores que eles teriam que pagar pelo prejuízo.
Os nadadores, então, deixaram R$ 100 e US$ 20 para pagar conserto dos danos que tinham provocado. Os atletas insistiram para que o taxista, que os esperava, seguisse viagem.
O motorista queria esperar a chegada da polícia, mas acabou sendo convencido a deixar o local.
Agora a polícia precisa concluir a investigação para responder se os quatro nadadores serão indiciados por dano ao patrimônio e/ou falsa comunicação de crime.
As penas, respectivamente, são de um a seis meses de detenção ou multa (duas vezes, uma para cada uma dessas infrações).
Por enquanto, eles seguem como testemunhas e podem até ter os passaportes devolvidos e deixar o País, se a Justiça entender que não há impedimento para isso.
O terceiro nadador que ainda estaria no Brasil é James Feigen. Segundo a Polícia Civil do Rio, um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) procurou a Polícia e disse que Feigen está disponível para prestar depoimento, ainda a ser marcado.
Como ele demonstrou disposição para colaborar, por enquanto não é necessário pedir a condução coercitiva do nadador.
Para que Ryan Lochte possa depor, nos Estados Unidos, será pedida uma carta rogatória à Justiça, que, se aprovada, será enviada ao FBI, que tem colaborado na condução do caso.
A perícia deve analisar as imagens de câmeras de segurança do posto de gasolina, para usá-las na investigação e para saber se elas foram editadas.
O chefe de polícia Fernando Veloso criticou a postura dos nadadores. Disse que, por se tratar de figuras públicas, deveriam se comportar de maneira a dar exemplo a seus seguidores.
E que devem desculpas à cidade. "Devem desculpas ao (povo) carioca que viu o nome da sua cidade manchado por uma situação falsa", disse Veloso.
Depredação
No depoimento que prestou à polícia, o dono do posto de gasolina onde aconteceu o incidente acusou os nadadores de vandalismo. Segundo a testemunha, os atletas urinaram em paredes, destruíram uma placa de propaganda e itens do banheiro, como uma papeleira e uma saboneteira.
Outros funcionários contaram à polícia que os atletas chegaram por volta das 6h, de táxi, pedindo para usar o banheiro. Pouco depois, isso, o gerente foi chamado porque os americanos faziam "algazarra" no fundo do estabelecimento.
Rio - Em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro, os nadadores norte-americanos Gunnar Bentz e Jack Conger reconheceram nesta quinta-feira ser mentirosa a história de um suposto assalto que teriam sofrido com os colegas Ryan Lochte e James Feigen na madrugada do último domingo.
A policiais da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), os dois atletas afirmaram que a mentira foi articulada por Ryan Lochte, para preservar o relacionamento conjugal de um deles.
O jovem - não foi identificado qual - teria "ficado" com uma jovem em uma festa na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul.
Segundo Fernando Veloso, chefe da Polícia Civil do Rio, o taxista que levou para casa duas jovens que estiveram com os nadadores naquela madrugada depôs e confirmou a versão, que havia escutado dentro de seu carro, quando as mulheres conversavam.
"Não houve roubo, eles não foram vítimas como relataram", disse Veloso.
Lochte também foi apontado como o "mais exaltado" dos quatro quando promoveram a depredação do banheiro de um posto de gasolina na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Veloso disse que os nadadores estavam alcoolizados e quebraram espelhos e saboneteiras do local.
Quando foram abordados pelos seguranças, que constataram o dano, eles teriam ficado nervosos e tentado ir embora.
Foram, então, impedidos pelos agentes, que apontaram uma arma na direção dos atletas, mas sem uso de violência física, segundo o delegado.
Os seguranças são policiais que faziam um trabalho extra no local - em conformidade com a lei, afirmaram, e ligaram para a Polícia Militar.
Uma testemunha que passava pelo posto no momento da "confusão" também foi ouvida pela Polícia. Ela contou que se dispôs a traduzir o diálogo, e explicou aos nadadores que eles teriam que pagar pelo prejuízo.
Os nadadores, então, deixaram R$ 100 e US$ 20 para pagar conserto dos danos que tinham provocado. Os atletas insistiram para que o taxista, que os esperava, seguisse viagem.
O motorista queria esperar a chegada da polícia, mas acabou sendo convencido a deixar o local.
Agora a polícia precisa concluir a investigação para responder se os quatro nadadores serão indiciados por dano ao patrimônio e/ou falsa comunicação de crime.
As penas, respectivamente, são de um a seis meses de detenção ou multa (duas vezes, uma para cada uma dessas infrações).
Por enquanto, eles seguem como testemunhas e podem até ter os passaportes devolvidos e deixar o País, se a Justiça entender que não há impedimento para isso.
O terceiro nadador que ainda estaria no Brasil é James Feigen. Segundo a Polícia Civil do Rio, um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) procurou a Polícia e disse que Feigen está disponível para prestar depoimento, ainda a ser marcado.
Como ele demonstrou disposição para colaborar, por enquanto não é necessário pedir a condução coercitiva do nadador.
Para que Ryan Lochte possa depor, nos Estados Unidos, será pedida uma carta rogatória à Justiça, que, se aprovada, será enviada ao FBI, que tem colaborado na condução do caso.
A perícia deve analisar as imagens de câmeras de segurança do posto de gasolina, para usá-las na investigação e para saber se elas foram editadas.
O chefe de polícia Fernando Veloso criticou a postura dos nadadores. Disse que, por se tratar de figuras públicas, deveriam se comportar de maneira a dar exemplo a seus seguidores.
E que devem desculpas à cidade. "Devem desculpas ao (povo) carioca que viu o nome da sua cidade manchado por uma situação falsa", disse Veloso.
Depredação
No depoimento que prestou à polícia, o dono do posto de gasolina onde aconteceu o incidente acusou os nadadores de vandalismo. Segundo a testemunha, os atletas urinaram em paredes, destruíram uma placa de propaganda e itens do banheiro, como uma papeleira e uma saboneteira.
Outros funcionários contaram à polícia que os atletas chegaram por volta das 6h, de táxi, pedindo para usar o banheiro. Pouco depois, isso, o gerente foi chamado porque os americanos faziam "algazarra" no fundo do estabelecimento.