Museu da República reabre quarto onde Vargas se suicidou
A reabertura foi possível devido a um reparo emergencial no aparelho de ar condicionado do quarto
Da Redação
Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 20h41.
Rio de Janeiro - Principal atração do Museu da República, o quarto onde o presidente Getúlio Vargas se suicidou, em 24 de agosto de 1954, foi reaberto hoje (22) à visitação pública.
Desde março deste ano, o cômodo estava fechado, assim como todo o terceiro andar do Palácio do Catete, que abriga o museu , devido a problemas no sistema de ar condicionado.
A reabertura foi possível devido a um reparo emergencial no aparelho de ar condicionado do quarto e não se estende ao restante do andar, que nos tempos em que o palácio era a sede do governo republicano abrigava os aposentos dos presidentes e suas famílias.
A visita completa ao terceiro piso somente poderá ser retomada depois de uma obra maior, prevista para o próximo ano.
“Nós conseguimos segurar a grelha do ar refrigerado só do quarto do Getúlio para não deixar de atender ao público, principalmente agora, nos meses de janeiro e fevereiro, quando recebemos muitos visitantes de outros estados”, explicou a diretora do Museu da República, Magaly Cabral.
Segundo ela, a impossibilidade de ver o aposento onde ocorreu um dos momentos mais dramáticos da história republicana do país vinha deixando frustrada boa parte dos visitantes do museu, entre 65 mil e 70 mil a cada ano.
Magaly Cabral informou que já estão assegurados os recursos para a reforma completa do terceiro andar, que vai compreender, além do sistema de ar condicionado, o telhado e a claraboia do palácio.
“A obra vai custar R$ 2 milhões e 800 mil e será feita com o apoio do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] e verba do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] das Cidades Históricas. Já tem uma empresa contratada fazendo o projeto executivo e até abril esperamos abrir a licitação para a obra”, disse a diretora do museu.
Instalado em um palácio do século 19, o Museu da República, a exemplo de outras instituições culturais, tem grande preocupação com a segurança, em relação ao risco de incêndio.
“Estamos tendo orientações constantes do Corpo de Bombeiros, e o Ibram [Instituto Brasileiro de Museus] está desenvolvendo um planejamento de segurança contra incêndios para os museus cariocas”, afirmou Magaly Cabral.
A preocupação é que não ocorra o mesmo que no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
O Palácio do Catete foi construído entre 1858 e 1867 pelo comerciante e fazendeiro de café Antônio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo.
Em 1896, foi adquirido pelo governo federal para sediar a Presidência da República, até então instalada no Palácio do Itamaraty.
Sede do Poder Republicano por quase de 64 anos, 18 presidentes utilizaram suas instalações.
O último foi Juscelino Kubitschek, que encerrou a era presidencial do palácio, com a transferência da capital para Brasília em 1960.
No mesmo ano, o Palácio do Catete passou, por decreto presidencial, a abrigar o Museu da República.
Rio de Janeiro - Principal atração do Museu da República, o quarto onde o presidente Getúlio Vargas se suicidou, em 24 de agosto de 1954, foi reaberto hoje (22) à visitação pública.
Desde março deste ano, o cômodo estava fechado, assim como todo o terceiro andar do Palácio do Catete, que abriga o museu , devido a problemas no sistema de ar condicionado.
A reabertura foi possível devido a um reparo emergencial no aparelho de ar condicionado do quarto e não se estende ao restante do andar, que nos tempos em que o palácio era a sede do governo republicano abrigava os aposentos dos presidentes e suas famílias.
A visita completa ao terceiro piso somente poderá ser retomada depois de uma obra maior, prevista para o próximo ano.
“Nós conseguimos segurar a grelha do ar refrigerado só do quarto do Getúlio para não deixar de atender ao público, principalmente agora, nos meses de janeiro e fevereiro, quando recebemos muitos visitantes de outros estados”, explicou a diretora do Museu da República, Magaly Cabral.
Segundo ela, a impossibilidade de ver o aposento onde ocorreu um dos momentos mais dramáticos da história republicana do país vinha deixando frustrada boa parte dos visitantes do museu, entre 65 mil e 70 mil a cada ano.
Magaly Cabral informou que já estão assegurados os recursos para a reforma completa do terceiro andar, que vai compreender, além do sistema de ar condicionado, o telhado e a claraboia do palácio.
“A obra vai custar R$ 2 milhões e 800 mil e será feita com o apoio do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] e verba do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] das Cidades Históricas. Já tem uma empresa contratada fazendo o projeto executivo e até abril esperamos abrir a licitação para a obra”, disse a diretora do museu.
Instalado em um palácio do século 19, o Museu da República, a exemplo de outras instituições culturais, tem grande preocupação com a segurança, em relação ao risco de incêndio.
“Estamos tendo orientações constantes do Corpo de Bombeiros, e o Ibram [Instituto Brasileiro de Museus] está desenvolvendo um planejamento de segurança contra incêndios para os museus cariocas”, afirmou Magaly Cabral.
A preocupação é que não ocorra o mesmo que no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
O Palácio do Catete foi construído entre 1858 e 1867 pelo comerciante e fazendeiro de café Antônio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo.
Em 1896, foi adquirido pelo governo federal para sediar a Presidência da República, até então instalada no Palácio do Itamaraty.
Sede do Poder Republicano por quase de 64 anos, 18 presidentes utilizaram suas instalações.
O último foi Juscelino Kubitschek, que encerrou a era presidencial do palácio, com a transferência da capital para Brasília em 1960.
No mesmo ano, o Palácio do Catete passou, por decreto presidencial, a abrigar o Museu da República.