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Mursi será primeiro presidente do Egito a visitar o Brasil

O presidente egípcio virá a Brasília e São Paulo, nos dias 7, 8 e 9 de maio, e se encontrará com a presidenta Dilma Rousseff e os ministros das áreas econômica e social

A visita de Mursi ao Brasil é a última etapa das viagens do presidente egípcio aos integrantes do Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (REUTERS/Egyptian Presidency)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2013 às 15h32.

Brasília - O presidente egípcio, Mouhamed Mursi , virá a Brasília e São Paulo, nos dias 7, 8 e 9 de maio. As reuniões com a presidenta Dilma Rousseff e os ministros das áreas econômica e social estão confirmadas.

Mursi quer que o Egito tenha condições de integrar o grupo dos países emergentes. O governo egípcio se interessa em incrementar o comércio e adotar propostas referentes aos programas de transferência de renda.

O emissário do Brasil para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, embaixador Cesário Melantonio Neto, destacou à Agência Brasil que a visita de Mursi é o reconhecimento pelo papel do país no cenário internacional. “O presidente só virá ao Brasil nesta viagem. Os egípcios veem o Brasil como um parceiro importante e isso é bastante relevante”, disse.

A visita de Mursi ao Brasil é a última etapa das viagens do presidente egípcio aos integrantes do Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Na semana passada, o porta-voz da Presidência do Egito, Ihab Fahmy, disse que Mursi quer ampliar a cooperação comercial, econômica e industrial, além de atrair mais investimentos brasileiros para o Egito.

Em Brasília, Mursi tem encontro com Dilma e os ministros das áreas econômica e social. Os programas de transferência de renda atraem a atenção dos egípcios que se interessam, principalmente, pelas ações de combate à fome e à pobreza, além da distribuição da merenda escolar.

Em São Paulo, Mursi e sua comitiva se reúnem com empresários de vários setores, além de conversas com a comunidade de língua árabe.


Desde o fim do governo de Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011, o Egito enfrenta momentos de instabilidade política, econômica e social. O governo tenta administrar a queda nas receitas provocada, entre outras razões, pela redução no turismo e dos investimentos estrangeiros. Ao mesmo tempo, o atual governo passou por uma série de manifestações violentas.

Com quase 90 milhões de habitantes, o Egito é o país mais populoso do mundo árabe. Cerca de 60% da população é formada por jovens, que sofrem com o desemprego e a falta de perspectivas positivas para o futuro. Mursi se elegeu, em 2012, prometendo melhorar a situação econômica e social do país.

Na visita ao Brasil, Mursi deve defender o interesse de o Egito fazer parte do grupo de países emergentes. A próxima Cúpula do Brics será no Brasil, em 2014. Na semana passada, o egípcio foi à Rússia e aproveitou para reforçar acordos nas áreas energética, do petróleo, do gás e da indústria nuclear.

Melantonio Neto ressaltou que – mesmo com as dificuldades causadas pelos impactos da Primavera Árabe, em 2011, no Egito – o país não reduziu o volume de comércio com o Brasil.

Ao lado da Arábia Saudita, a Turquia e o Irã, o Egito está entre os principais parceiros do Brasil envolvendo os países muçulmanos. Em 2012, o volume do comércio bilateral atingiu US$ 2,7 bilhões.

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Brasília - O presidente egípcio, Mouhamed Mursi , virá a Brasília e São Paulo, nos dias 7, 8 e 9 de maio. As reuniões com a presidenta Dilma Rousseff e os ministros das áreas econômica e social estão confirmadas.

Mursi quer que o Egito tenha condições de integrar o grupo dos países emergentes. O governo egípcio se interessa em incrementar o comércio e adotar propostas referentes aos programas de transferência de renda.

O emissário do Brasil para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, embaixador Cesário Melantonio Neto, destacou à Agência Brasil que a visita de Mursi é o reconhecimento pelo papel do país no cenário internacional. “O presidente só virá ao Brasil nesta viagem. Os egípcios veem o Brasil como um parceiro importante e isso é bastante relevante”, disse.

A visita de Mursi ao Brasil é a última etapa das viagens do presidente egípcio aos integrantes do Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Na semana passada, o porta-voz da Presidência do Egito, Ihab Fahmy, disse que Mursi quer ampliar a cooperação comercial, econômica e industrial, além de atrair mais investimentos brasileiros para o Egito.

Em Brasília, Mursi tem encontro com Dilma e os ministros das áreas econômica e social. Os programas de transferência de renda atraem a atenção dos egípcios que se interessam, principalmente, pelas ações de combate à fome e à pobreza, além da distribuição da merenda escolar.

Em São Paulo, Mursi e sua comitiva se reúnem com empresários de vários setores, além de conversas com a comunidade de língua árabe.


Desde o fim do governo de Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011, o Egito enfrenta momentos de instabilidade política, econômica e social. O governo tenta administrar a queda nas receitas provocada, entre outras razões, pela redução no turismo e dos investimentos estrangeiros. Ao mesmo tempo, o atual governo passou por uma série de manifestações violentas.

Com quase 90 milhões de habitantes, o Egito é o país mais populoso do mundo árabe. Cerca de 60% da população é formada por jovens, que sofrem com o desemprego e a falta de perspectivas positivas para o futuro. Mursi se elegeu, em 2012, prometendo melhorar a situação econômica e social do país.

Na visita ao Brasil, Mursi deve defender o interesse de o Egito fazer parte do grupo de países emergentes. A próxima Cúpula do Brics será no Brasil, em 2014. Na semana passada, o egípcio foi à Rússia e aproveitou para reforçar acordos nas áreas energética, do petróleo, do gás e da indústria nuclear.

Melantonio Neto ressaltou que – mesmo com as dificuldades causadas pelos impactos da Primavera Árabe, em 2011, no Egito – o país não reduziu o volume de comércio com o Brasil.

Ao lado da Arábia Saudita, a Turquia e o Irã, o Egito está entre os principais parceiros do Brasil envolvendo os países muçulmanos. Em 2012, o volume do comércio bilateral atingiu US$ 2,7 bilhões.

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