Santo André: em julho do ano passado, o volume de água repassado para o município teve uma redução de 25% (Wikimedia Commons/rvcroffi)
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2016 às 16h46.
São Paulo - O município de Santo André, na região do Grande ABC, recebe menos água do que o necessário, segundo o Serviço de Saneamento Ambiental da cidade (Semasa).
A autarquia é responsável pelo abastecimento dos mais de 700 mil habitantes do município, sendo que 95% do volume é fornecido pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Em julho do ano passado, o volume de água repassado para o município foi reduzido para 1,75 mil litros por segundo (l/s), 25% menos do que os cerca de 2 mil l/s que a Semasa afirma serem necessários para abastecer a cidade.
A autarquia de Santo André admitiu, entretanto, que nos últimos meses a Sabesp aumentou o volume fornecido, apesar de ainda ser aquém as necessidades da população.
“Mesmo após o governo do Estado anunciar 'o fim da crise hídrica', Santo André apresenta falta d´água, especialmente em pontos mais altos e distantes da rede de distribuição”, diz nota da Semasa.
Na última segunda-feira (7), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin disse que a crise hídrica havia sido superada no estado. “Essa questão não tem mais risco, mesmo que haja seca.
E teremos a partir do ano que vem uma superestrutura em São Paulo. A região metropolitana estará bem preparada para as mudanças climáticas”, ressaltou, após dar palestra na Associação Comercial de São Paulo.
No entanto, o município de Mauá, no Grande ABC, continua a ter problemas de abastecimento. A secretaria de saneamento da cidade (Sama) diz que tem recebido menos água do que o necessário.
No ano passado, alguns bairros do município, que depende exclusivamente da Sabesp, tiveram de ser abastecidos com caminhões-pipa.
A Sabesp disse, por meio de nota, que ampliou o fornecimento de água para Santo André, assim como tem sido feito gradativamente para todos os clientes.
“Em Santo André, o volume fornecido passou de 1.710 L/s para 1.870 L/s em relação no mesmo período do ano passado, um acréscimo de 9,3%. Vale ressaltar que o município é responsável pela distribuição dessa água, que é suficiente para a sua demanda”, diz o comunicado.
A empresa estatual disse que mantém a redução de pressão do sistema apenas durante a noite, período de menor consumo, como forma de reduzir as perdas por vazamentos.