Mulheres negras são mortas duas vezes mais do que brancas
Estudo mostra que a taxa de mulheres negras vítimas de homicídios no país é mais que o dobro da de mulheres brancas
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2015 às 19h04.
A taxa de mulheres negras vítimas de homicídios no país é mais que o dobro da de mulheres brancas.
Para cada 100 mil habitantes, o número é de 7,2 e 3,2 respectivamente.
Os dados estão no Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios para o Pacto Nacional pela Redução de Homicídios, divulgado hoje (15) pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça.
O documento foi elaborado para subsidiar políticas públicas de combate à violência em conjunto com os estados e municípios como parte de um pacto para reduzir as mortes violentas em 81 localidades que concentram cerca de 50% do total de homicídios dolosos registrados no Brasil.
É na faixa etária dos 15 aos 29 anos que está a maior parte das vítimas mulheres.
Para as jovens negras, a taxa de mortes violentas é de 11,5 por 100 mil habitantes, enquanto para as jovens brancas é de 4,6. Os dados são do último levantamento do Datasus, de 2013.
De acordo com a publicação, os homicídios de mulheres estão relacionados a causas e fatores de risco diferentes dos homens. No caso deles, os homicídios parecem estar mais relacionados à participação em gangues, envolvimento com drogas e conflitos interpessoais.
As mulheres são vítimas de questões relacionadas a conflitos familiares e têm como algozes, na maioria das vezes, os seus parceiros.
A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, disse que os dados levantados pelo diagnóstico servirão para definir metas e ações voltadas para a redução da criminalidade e do número de homicídios no país.
“A partir dessa pesquisa, vamos buscar, focalizar, ações não só de polícia para dentro das áreas críticas. Nossa meta a ser atingida é reduzir cerca de 5% ao ano [o número de homicídios]”, disse Regina Miki
Negros e jovens
Ao tratar dos perfis de vulnerabilidade e vitimização no país, o relatório mostra que os negros – somatória de pretos e pardos, segundo o Censo 2010 – representam 50,7% da população do país e corresponderam a 72% das mortes por agressão. A de brancos e amarelos, o número é de 26%.
Os jovens com idade entre 15 e 29 anos estão no topo da pirâmide das mortes causadas por homicídio no país. O percentual de assassinatos dessa parcela da população chega a 52,9% do geral, de acordo com o Datasus, do Ministério da Saúde.
Quando os dados sobre os jovens são desagregados por cor/raça, é possível ver a concentração de mortes para os jovens negros, cuja taxa por 100 mil habitantes é de 79,4. Para os jovens brancos, ela é de 26,6.
A taxa de mulheres negras vítimas de homicídios no país é mais que o dobro da de mulheres brancas.
Para cada 100 mil habitantes, o número é de 7,2 e 3,2 respectivamente.
Os dados estão no Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios para o Pacto Nacional pela Redução de Homicídios, divulgado hoje (15) pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça.
O documento foi elaborado para subsidiar políticas públicas de combate à violência em conjunto com os estados e municípios como parte de um pacto para reduzir as mortes violentas em 81 localidades que concentram cerca de 50% do total de homicídios dolosos registrados no Brasil.
É na faixa etária dos 15 aos 29 anos que está a maior parte das vítimas mulheres.
Para as jovens negras, a taxa de mortes violentas é de 11,5 por 100 mil habitantes, enquanto para as jovens brancas é de 4,6. Os dados são do último levantamento do Datasus, de 2013.
De acordo com a publicação, os homicídios de mulheres estão relacionados a causas e fatores de risco diferentes dos homens. No caso deles, os homicídios parecem estar mais relacionados à participação em gangues, envolvimento com drogas e conflitos interpessoais.
As mulheres são vítimas de questões relacionadas a conflitos familiares e têm como algozes, na maioria das vezes, os seus parceiros.
A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, disse que os dados levantados pelo diagnóstico servirão para definir metas e ações voltadas para a redução da criminalidade e do número de homicídios no país.
“A partir dessa pesquisa, vamos buscar, focalizar, ações não só de polícia para dentro das áreas críticas. Nossa meta a ser atingida é reduzir cerca de 5% ao ano [o número de homicídios]”, disse Regina Miki
Negros e jovens
Ao tratar dos perfis de vulnerabilidade e vitimização no país, o relatório mostra que os negros – somatória de pretos e pardos, segundo o Censo 2010 – representam 50,7% da população do país e corresponderam a 72% das mortes por agressão. A de brancos e amarelos, o número é de 26%.
Os jovens com idade entre 15 e 29 anos estão no topo da pirâmide das mortes causadas por homicídio no país. O percentual de assassinatos dessa parcela da população chega a 52,9% do geral, de acordo com o Datasus, do Ministério da Saúde.
Quando os dados sobre os jovens são desagregados por cor/raça, é possível ver a concentração de mortes para os jovens negros, cuja taxa por 100 mil habitantes é de 79,4. Para os jovens brancos, ela é de 26,6.