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Mudanças no auxílio-doença são adequação, diz Previdência

Segundo secretário, a experiência internacional mostra uma maior responsabilização das empresas nos casos de doença dos seus trabalhadores


	Dinheiro: valor do auxílio-doença passará a ser pago pela média das últimas 12 contribuições
 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

Dinheiro: valor do auxílio-doença passará a ser pago pela média das últimas 12 contribuições (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 20h45.

Brasília - O secretário de Políticas de Previdência Social do ministério da Previdência, Benedito Brunca, informou nesta terça-feira, 30, que as mudanças no auxílio-doença, que ampliam os custos para as empresas brasileiras, são necessárias para adequar a concessão do benefício à nova realidade do país.

Segundo ele, a experiência internacional mostra uma maior responsabilização das empresas nos casos de doença dos seus trabalhadores.

Brunca classificou a medida que trata do chamado "prazo de franquia" para o acesso ao benefício como uma das mais importantes nas mudanças anunciadas pelo governo.

As empresas passarão a arcar com o pagamento por 30 dias. Depois, o INSS assume o pagamento.

O secretário não conta com rejeição da medida pelas empresas. Segunda ele, o assunto já está sendo discutido há um muito tempo.

O secretário lembrou que a legislação atual é da década de 60 e, de lá para cá, houve uma mudança muito grande nos tipos de problema de saúde dos trabalhadores.

O prazo de franquia e a definição de um teto para a concessão do benefício entram em vigor no prazo de 60 dias.

O valor do auxílio-doença passará a ser pago pela média das últimas 12 contribuições.

Segundo Brunca, a fixação do teto evita as situações indesejadas em que o trabalhador recebe mais durante o período do auxílio-doença do que no período em que estava exercendo suas atividades normalmente.

Parcerias

O governo também vai permitir parcerias do governo com as empresas para o serviço de perícia médica do trabalhador para a concessão do auxílio-doença.

Essa medida ainda terá que ser regulamenta pela Previdência Social. Segundo Brunca, essa é uma opção, mas não será qualquer empresa que poderá fazer o convênio com o INSS.

Só as que tiverem maior estrutura poderão fazer a perícia, que será supervisionada e fiscalizada pelo INSS.

"As grandes empresas têm uma política de saúde ocupacional", disse.

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