Brasil

MST repudia atuação do STF em julgamento

De acordo com o texto, a instituição máxima do Judiciário brasileiro é "serviçal à classe dominante no País"


	José Dirceu se entrega à Polícia Federal
 (Reuters)

José Dirceu se entrega à Polícia Federal (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2013 às 17h23.

São Paulo - A direção nacional do Movimento dos Sem Terra (MST) divulgou nesta sexta-feira nota de repúdio à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do mensalão. De acordo com o texto, a instituição máxima do Judiciário brasileiro é "serviçal à classe dominante no País" e "há anos vem atuando contra a classe trabalhadora, os movimentos sociais e a luta política".

Endereçada aos "caros camaradas José Dirceu e José Genoino", dirigentes petistas condenados e presos pelo seu envolvimento no caso, a nota diz que os dois foram submetidos a um "julgamento de exceção" e qualifica como "injusta" a condenação no STF. Ao final diz: "Nos solidarizamos e exigimos a liberdade imediata de vocês."

Para os dirigentes da organização, "a criminalização representa um recuo das conquistas democráticas obtidas através das lutas históricas dos trabalhadores e trabalhadoras" e das quais Dirceu e Genoino teriam sido protagonistas. Eles também atribuem ao Judiciário responsabilidades em relação ao "bloqueio da reforma agrária" e à "perpetuação da impunidade aos crimes e massacres cometidos no campo".

O MST afirma ainda que a ação do Judiciário para criminalizar os movimentos sociais tem sido "fortalecida pelos meios de comunicação de massa", que "arquitetam ‘shows midiáticos’, cerceando o direito à informação e à crítica".

Acompanhe tudo sobre:MensalãoMST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem TerraPolítica no BrasilSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Justiça absolve Samarco, Vale e BHP pelo rompimento de Barragem em Mariana

Motorista de ministro que veio para o G20 tem carro roubado no Centro do Rio

Esquema de segurança para o G20 no Rio terá sistema antidrone e varredura antibomba

Governo decide que não vai colocar grades no Palácio do Planalto