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MST planeja realizar atos pelo País no julgamento de Lula

Ações serão definidas durante uma reunião com os dirigentes estaduais do movimento no próximo dia 13

Lula: ex-presidente foi condenado, em primeira instância, a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 17h39.

Sorocaba - O Movimento dos Sem-Terra (MST) vai realizar atos em várias cidades do País durante o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em Porto Alegre, previsto para o dia 24 de janeiro.

"Não adianta a prefeitura (de Porto Alegre) tentar impedir o protesto, nem o governo colocar sua força repressora, porque não vai ter luta só em Porto Alegre, vai ter luta em todo o Brasil", disse o dirigente nacional Alexandre Conceição.

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Segundo ele, as ações serão definidas durante uma reunião com os dirigentes estaduais do MST, no próximo dia 13, mas nenhuma forma de mobilização está descartada.

"Haverá vigílias em órgãos do Judiciário, marchas e concentrações, mas não descartamos o trancamento de BR (rodovias federais) e outros manifestações. Vamos usar todas as formas possíveis de mobilização para protestar contra a condenação do ex-presidente Lula e pelo direito legítimo de que ele concorra às eleições presidenciais."

Lula foi condenado, em primeira instância, a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá (SP). Se a condenação for confirmada, ele pode se tornar inelegível para a disputa presidencial deste ano.

Na quinta-feira, 4, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), pediu apoio do Exército e da Força Nacinoal para atuarem na capital gaúcha no dia do julgamento.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, já disse ser contra o emprego das Forças Armadas em Porto Alegre.

Para Conceição, o julgamento rápido em segunda instância pretende impedir que Lula dispute as eleições em 2018, "consolidando assim o golpe iniciado com impeachment da presidente Dilma (Rousseff) e a posse ilegítima do Temer (presidente Michel Temer)".

O dirigente do MST acredita que centrais e sindicatos de trabalhadores devem aderir aos protestos, pois também estão sendo prejudicados pelas medidas do presidente, como a reforma trabalhista e a proposta de mudar a Previdência.

"Entendemos que uma eleição presidencial sem a participação de Lula é a continuidade do golpe, é fraude, e por isso o MST se manterá na linha de frente para defender a democracia e a participação dele nas eleições de 2018."

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