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MPF recomenda que governo de SP implemente racionamento

Recomendação divulgada ontem (28), pretende evitar um colapso do conjunto de reservatórios, que abastece 45% da região metropolitana da capital


	Cantareira: MPF recomendou ao governo do estado que inicie racionamento de água
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Cantareira: MPF recomendou ao governo do estado que inicie racionamento de água (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 12h48.

São Paulo - O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo recomendou ao governador Geraldo Alckmin e à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que apresentem projetos para a implementação do racionamento de água nas regiões atendidas pelo Sistema Cantareira.

Segundo o MPF, a recomendação, divulgada hoje (28), pretende evitar um colapso do conjunto de reservatórios, que abastece 45% da região metropolitana da capital.

O governador Geraldo Alckmin e a Sabesp têm dez dias para informar as providências a serem tomadas em relação à recomendação. “O MPF não descarta a adoção de medidas judiciais caso o governo não atenda à medida”, informou o órgão em nota divulgada à imprensa.

De acordo com o MPF, a recomendação é baseada em um estudo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que indica que o volume do Sistema Cantareira pode secar totalmente em menos de 100 dias.

“Apesar da situação delicada e da previsão de pouca chuva nos próximos meses, o governo de São Paulo descartou o racionamento e estabeleceu apenas a concessão de descontos a quem economizar água. A Sabesp chegou a propôr o aumento da vazão para manter o abastecimento em níveis contínuos, mas o comitê anticrise que monitora a situação dos reservatórios rejeitou o plano”, ressaltou o MPF.

Desde o dia 15 de maio, a Sabesp tem captado a água do chamado volume morto – camada mais profunda dos reservatórios. “Porém, neste estrato, estudos apontam maior concentração de poluentes, que incluem metais pesados, compostos orgânicos prejudiciais à saúde, bactérias, fungos e vírus”.

A recomendação é assinada pelos procuradores da República Adilson Paulo Prudente do Amaral Filho, Priscila Costa Schreiner e Suzana Fairbanks Oliveira Schnitzlein.

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