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MPF no Ceará pede anulação da prova de redação do Enem

Segundo o MPF, "o vazamento do tema da avaliação violou o tratamento isonômico que dever ser assegurado aos candidatos"

Enem: o MPF/CE alega que a operação realizada pela PF prendeu um candidato que entrou em local de realização do Enem com rascunho da redaçã no bolso e com ponto eletrônico (Marcos Santos/USP Imagens/Agência USP)
AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de novembro de 2016 às 21h18.

Última atualização em 7 de novembro de 2016 às 21h19.

O Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) ingressou hoje (7) com nova ação na Justiça Federal pedindo a anulação da prova redação do Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ), dessa vez pelo suposto vazamento do tema da prova.

Para o procurador Oscar Costa Filho, caso seja confirmado o vazamento, o tratamento isonômico entre os candidatos teria sido desrespeitado. Na última quarta-feira, o procurador já havia entrado com uma ação pedindo a suspensão da aplicação Enem devido à decisão do MEC de adiar o exame nas escolas ocupadas por estudantes.

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O MPF/CE alega que a operação realizada pela Polícia Federal (PF) no Ceará prendeu um candidato que entrou em local de realização do Enem com rascunho da redação dentro do bolso e com ponto eletrônico.

No entendimento do procurador, isso comprovaria o vazamento de informações relativas à redação.

O procurador responsável pela ação sustenta ainda que o tema "Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil" também apareceu em publicação do MEC divulgada no ano passado para desmentir uma prova falsa às vésperas do Enem daquele ano.

Mais cedo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nota classificando de "tentativa de tumultuar" o Enem a repercussão em torno da semelhança entre o tema da redação deste ano com o de uma imagem de suposta prova do Enem que teria vazado em 2015.

Na ação contra o Inep, Costa Filho pede a concessão de liminar para suspender os efeitos da validade jurídica da prova de redação até o julgamento do mérito, que será julgada pelo juiz titular Ricardo Cunha Porto, da 8ª Vara Cível da Justiça Federal no Ceará.

A medida, de acordo com o procurador, evitaria transtornos aos estudantes com divulgação de um resultado que posteriormente poderia ser alterado com o julgamento da ação.

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