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MPF entra com ação para barrar Eduardo Bolsonaro em embaixada

Ação defende que o governo brasileiro observe critérios para a escolha de embaixadores de fora da carreira, como mérito em atividades diplomáticas

Eduardo Bolsonaro: indicação de Eduardo é reprovada por 62% dos brasileiros, de acordo com a pesquisa XP/Inespe (Abner Rengel/Wikimedia Commons)
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Reuters

Publicado em 12 de agosto de 2019 às 11h06.

Última atualização em 12 de agosto de 2019 às 11h09.

Brasília — O Ministério Público Federal em Brasília entrou com ação civil pública na Justiça Federal, com pedido de liminar, para barrar a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, informou o MPF nesta segunda-feira.

A ação defende que o governo brasileiro observe critérios para a escolha de embaixadores de fora da carreira diplomática, como reconhecido mérito em atividades diplomáticas, relevantes serviços diplomáticos prestados ao país e ao menos três anos de experiência de atividades nesse sentido.

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Se o indicado não cumprir tais requisitos, o MPF quer que a Justiça revogue ou suste qualquer tipo de trâmite de nomeação nesse sentido, informou o Ministério Público Federal do Distrito Federal.

Na sexta-feira, o partido Cidadania entrou com um mandado de segurança coletivo preventivo, com pedido de liminar, no Supremo Tribunal Federal (STF), para impedir que Bolsonaro indique o filho para o cargo de embaixador em Washington. Para o Cidadania, a indicação configura nepotismo.

A indicação de Eduardo é reprovada por 62% dos brasileiros, de acordo com a pesquisa XP/Inespe. A parcela favorável, identificada na pesquisa, é de 29% da população. A pesquisa foi feita com 1.000 pessoas, por telefone, e realizadas nos dias 5, 6 e 7 de agosto. Os resultados têm margem de erro de 3 pontos percentuais.

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