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MP vai apurar racismo e estupro na USP de Ribeirão Preto

Apuração de casos de violência sexual, discriminação e racismo já ocorrem internamente na USP e, a partir de agora, também será realizada pelo MP.


	Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo: denúncias agora são tratadas pelo Ministério Público
 (Divulgação/Facebook/FMRP USP)

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo: denúncias agora são tratadas pelo Ministério Público (Divulgação/Facebook/FMRP USP)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2014 às 16h35.

Ribeirão Preto - O Ministério Público de Ribeirão Preto (SP) anunciou abertura de inquérito para investigar as denúncias de racismo, discriminação e violência sexual que envolvem alunos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP). A decisão foi tomada atendendo a pedido de representantes de movimentos sociais que na sexta-feira, 5, estiveram na promotoria.

O promotor Sebastião Sérgio da Silveira contou que a apuração, que já ocorre internamente na USP, a partir de agora também será realizada pelo MP. Ele estará chamando para depor estudantes e outros envolvidos e interessados, inclusive, do Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina.

O resultado da investigação pode resultar na assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) ou até mesmo em ação civil pública por danos morais coletivos. Na USP uma comissão formada por três professores já vem averiguando as denúncias desde o mês passado. Entre os movimentos que pressionam por providências está o "Coletivo Negro", formado dentro da própria universidade.

Hino
A denúncia de racismo partiu de alunos no mês passado através das redes sociais. Eles se diziam indignados com o hino da bateria do curso de medicina e o assunto foi parar até na Assembleia Legislativa de São Paulo. Conhecido como "Batesão", o grito de guerra tem termos como "preta imunda", "loirinha bunduda" e "morena gostosa".

A USP de Ribeirão Preto divulgou nota na ocasião lamentando a existência do hino e alegando que desconhecia a tal música. Depois disso surgiu a informação de que dois casos de violência sexual também são investigados, tendo um ocorrido numa república e o outro dentro da área do campus. Protestos então aconteceram na frente do Ministério Público e da Faculdade de Medicina por parte de manifestantes que, entre outras coisas, pedem que os alunos sejam obrigados a participarem de cursos contra a discriminação.

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