MP pede quebra de sigilos bancários no caso Lusa
Segundo promotor, existem "fortes indícios de que alguém teve vantagens indevidas" na escalação irregular do meia Héverton, da Portuguesa
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 19h36.
São Paulo - O Ministério Público de São Paulo pediu nesta quarta-feira a quebra do sigilo bancário e telefônico de todos os envolvidos no caso Lusa. Segundo o promotor de Justiça do Consumidor, Roberto Senise Lisboa, responsável pelo inquérito que investiga a queda da Lusa, existem "fortes indícios de que alguém teve vantagens indevidas" na escalação irregular do meia Héverton, da Portuguesa, na última rodada do Campeonato Brasileiro .
"O período das ligações telefônicas realizadas entre 3 a 27 de dezembro é crucial", disse o promotor, confirmando que pediu a quebra do sigilo bancário ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).
De acordo com as investigações do MP, a CBF enviou um e-mail, via Federação Paulista de Futebol, para a Portuguesa com a punição de Héverton. A mensagem foi aberta, mas, mesmo assim, o jogador foi escalado. Pelo menos seis pessoas sabiam da punição, de acordo com o MP. "Há prova, no inquérito civil, de que a Portuguesa tinha conhecimento do julgamento no dia 6 de dezembro. Essa prova existe ao contrário do que foi falado por alguns dirigentes da Portuguesa", completa.
Senise aponta que o julgamento do jogador Gilberto, também da Portuguesa, no dia 2 de dezembro, será utilizado como termo de comparação para novas conclusões. "A comparação com os procedimentos dessa expulsão é fundamental para entendermos as razões que levaram a Portuguesa a cometer uma falha gritante na escalação do Héverton", afirma o promotor.
Na outra vertente do inquérito, que apontou o descumprimento do Estatuto do Torcedor na punição da perda de quatro pontos imposta à Portuguesa pelo STJD, o promotor reafirmou a intenção de entrar com uma ação civil pública. Em outras palavras, a decisão será da Justiça.
Na segunda-feira, o órgão propôs um Termo de Ajustamento de Conduta, ou seja, a devolução dos quatro pontos à Portuguesa e a anulação do julgamento do STJD. A CBF recusou-se a assiná-lo. "A CBF sabia os riscos da opção que fez. Questionamos a legalidade dos atos praticados pela CBF", diz Senise.
São Paulo - O Ministério Público de São Paulo pediu nesta quarta-feira a quebra do sigilo bancário e telefônico de todos os envolvidos no caso Lusa. Segundo o promotor de Justiça do Consumidor, Roberto Senise Lisboa, responsável pelo inquérito que investiga a queda da Lusa, existem "fortes indícios de que alguém teve vantagens indevidas" na escalação irregular do meia Héverton, da Portuguesa, na última rodada do Campeonato Brasileiro .
"O período das ligações telefônicas realizadas entre 3 a 27 de dezembro é crucial", disse o promotor, confirmando que pediu a quebra do sigilo bancário ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).
De acordo com as investigações do MP, a CBF enviou um e-mail, via Federação Paulista de Futebol, para a Portuguesa com a punição de Héverton. A mensagem foi aberta, mas, mesmo assim, o jogador foi escalado. Pelo menos seis pessoas sabiam da punição, de acordo com o MP. "Há prova, no inquérito civil, de que a Portuguesa tinha conhecimento do julgamento no dia 6 de dezembro. Essa prova existe ao contrário do que foi falado por alguns dirigentes da Portuguesa", completa.
Senise aponta que o julgamento do jogador Gilberto, também da Portuguesa, no dia 2 de dezembro, será utilizado como termo de comparação para novas conclusões. "A comparação com os procedimentos dessa expulsão é fundamental para entendermos as razões que levaram a Portuguesa a cometer uma falha gritante na escalação do Héverton", afirma o promotor.
Na outra vertente do inquérito, que apontou o descumprimento do Estatuto do Torcedor na punição da perda de quatro pontos imposta à Portuguesa pelo STJD, o promotor reafirmou a intenção de entrar com uma ação civil pública. Em outras palavras, a decisão será da Justiça.
Na segunda-feira, o órgão propôs um Termo de Ajustamento de Conduta, ou seja, a devolução dos quatro pontos à Portuguesa e a anulação do julgamento do STJD. A CBF recusou-se a assiná-lo. "A CBF sabia os riscos da opção que fez. Questionamos a legalidade dos atos praticados pela CBF", diz Senise.