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MP entra com ação contra a Taurus, fornecedora de armas da polícia do DF

Na ação criminal, o MP cobra a responsabilização de seis executivos da companhia responsáveis pela venda do armamento

Revólveres da fabricante de armas Taurus (Ethan Miller/Getty Images/Getty Images)

Revólveres da fabricante de armas Taurus (Ethan Miller/Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de maio de 2018 às 22h59.

- O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ajuizou uma ação civil pública e uma ação criminal contra a empresa Forjas Taurus S/A, acusada de vender armas defeituosas à Polícia Civil do DF. Os lotes dos equipamentos foram adquiridos pela corporação em 2014. Segundo a ação, uma perícia do Instituto de Criminalística do órgão constatou o risco de disparos acidentais quando as armas caem no chão.

O MP afirma ainda que teve acesso a vários relatos de panes durante o uso das armas, que geraram lesões a policiais. Na ação civil pública, os promotores pedem o pagamento de indenização de cerca de R$ 11,6 milhões a Forjas Taurus S/A - R$ 10 milhões por dano moral coletivo referente aos riscos causados à população do DF e R$ 1,6 milhão por dano material relacionado à venda das supostas armas defeituosas.

Na ação criminal, o MP cobra a responsabilização de seis executivos da companhia responsáveis pela venda do armamento. Eles são acusados por crimes contra as relações de consumo, por "comercializar produtos em condições impróprias e induzir o consumidor a erro".

O Ministério Público também recomendou que a Polícia Civil do DF recolha as armas adquiridas pela empresa em 2014. Em nota, o órgão de segurança informou que um edital de licitação internacional para a aquisição de 3 mil armas já está fase final de preparação. Entretanto, não deu detalhes sobre que irá fazer com as armas da Forjas Taurus S/A.

Em 2017, o Ministério Público Federal do Sergipe já havia entrado com ação civil pública contra a Forjas Taurus S/A pelos mesmos motivos. À época, a companhia negou falhas no produto.

A reportagem procurou a empresa, que não havia se manifestado até a publicação da notícia.

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