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Movimentos sociais e partidos promovem aula sobre democracia

Aula magna em defesa das liberdades democráticas e do mandato da presidente foi realizada na frente da Faculdade de Direito da USP, no centro de São Paulo


	Dilma Rousseff: "o povo deu a vitória para a Dilma e, de lá para cá, os que perderam não admitem a derrota", disse o presidente do PCdoB municipal em São Paulo
 (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Dilma Rousseff: "o povo deu a vitória para a Dilma e, de lá para cá, os que perderam não admitem a derrota", disse o presidente do PCdoB municipal em São Paulo (Antônio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2015 às 00h01.

Uma aula magna em defesa das liberdades democráticas e do mandato da presidente Dilma Rousseff foi realizada hoje (11), na frente da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, no centro de São Paulo, das 18h30 até por volta das 20h, por iniciativa de partidos políticos, centrais sindicais e movimentos sociais que compõem a Frente Todos pela Democracia.

A aula magna foi ministrada pelo advogado e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) Artur Scatolin e a advogada Gislaine Caresia,  da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); entre outros integrantes de partidos políticos e movimentos sociais.

Segundo a frente, o ato pretende dialogar com a população sobre a importância de se defender o Estado democrático de direito e a legitimidade do processo eleitoral.

O ato antecede e marca posição contra o protesto programado para o próximo domingo (16), em várias cidades brasileiras, contra a presidente da Dilma Rousseff. Ele antecipa também o ato organizado por movimentos sociais e partidos de esquerda para o dia 20 e que vai defender o governo e a democracia.

“Esta é uma união em defesa do estado democrático de direito, da defesa da legalidade democrática, de respeito à manifestação do povo nas urnas. O povo deu a vitória para a Dilma e, de lá para cá, os que perderam não admitem a derrota e se aproveitam de uma crise econômica para acirrar uma crise política impedindo que se governe. Faz sete meses que a presidente não consegue governar”, disse Jamil Murad, presidente do PCdoB municipal em São Paulo e um dos organizadores do ato.

Segundo Murad, o ato de hoje é parte de uma série de manifestações que a frente e demais entidades estão organizando para apoiar o governo e a democracia.

Nesta quinta, movimentos sociais e centrais sindicais deverão participar de um ato político no Palácio do Planalto. “Ao propormos essa aula estamos fazendo um gesto público contra o recesso e o golpe”, disse o vereador Paulo Fiorilo, presidente do Diretório Municipal do PT.

A aula desta noite teve início com Scatolin falando sobre a democracia, o respeito às “regras do jogo” e a liberdade: “A gente precisa de uma igualdade que respeite as diferenças e que faça com que as pessoas sejam iguais em direito e possam se manifestar. Hoje há uma série de pessoas que não permitem a manifestação e não toleram o discurso pela igualdade radical.

“A democracia foi conquistada no país sob muito sangue e lágrimas. E aqui estamos, 25 anos após a promulgação da constituição federal, em defesa da democracia. Estudantes e advogados são fundamentais nessa luta. Hoje nossa luta é para que possamos continuar avançando em um país democrático e onde democraticamente se possa protestar, muito diferente do que querer dar um golpe”, afirmou Gislaine Caresia durante a aula.

No final do ato foi feito um minuto de silêncio em homenagem aos seis haitianos que foram baleados em São Paulo no início deste mês por suposta xenofobia. Durante o minuto de silêncio, várias pessoas que acompanharam a aula seguraram velas. O ato contou com a participação do congolense Pitchou Luambo, que vive no país há cinco anos e é uma das lideranças do Grupo de Refugiados e Imigrantes Sem-Teto de São Paulo.

“Estamos aqui para salvar nossas próprias vidas, independente de qualquer coisa. Deixamos nossos países para tentar viver melhor aqui, em paz”, disse Pitchou.

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