Movimento ligado a Huck assina carta-compromisso com PPS
Os principais pontos do documento falam em espaços para candidatos oriundos do movimento se candidatarem nas próximas eleições
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 18h34.
O PPS e o movimento Agora! assinaram nesta terça-feira, 20, em Brasília, uma carta-compromisso de ação política. Os principais pontos do documento falam em espaços para candidatos oriundos do movimento se candidatarem nas próximas eleições, autonomia dos seus participantes e a criação de um grupo para discutir "o revigoramento da vida partidária".
Além do PPS, o Agora! irá assinar uma carta semelhante com a Rede e com mais duas legendas (ainda não divulgadas pelo grupo). Apesar da assinatura com o movimento de renovação política, o "não" do apresentador Luciano Huck à candidatura presidencial deve levar o partido para a base de apoio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
"A carta é um primeiro compromisso, um primeiro passo. Ela aponta para a necessidade de uma ação concreta do movimento em direção à interferência na política", disse um dos fundadores do Agora!, Leandro Machado. "Esse é um acordo de convergências, uma vontade de criar pontes e não destruí-las. Vontade de criar uma relação que pode ser de interdependência e troca com o universo político", completou outro fundados do grupo, Humberto Laudares.
O presidente do PPS, Roberto Freire, afirmou que esse também foi um passo em direção às mudanças inevitáveis no "fazer político" e nos partidos. "Se a sociedade mudou, os sindicatos mudaram, a família mudou... Por que o mesmo não aconteceria com os partidos", disse.
A reunião nacional do PPS, marcada para os dias 23 a 25 de março, devem definir mudanças estatutárias e encaminhar uma decisão sobre candidaturas majoritárias. "Quando a candidatura Luciano Huck ainda era uma hipótese, havia a possibilidade de uma mudança de nome da legenda. Ela pode acontecer, mas saiu um pouco de foco", disse Freire.
O deputado também confirmou que, sem Huck, a tendência é que o partido feche questão e apoie a candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Apoio pode ser fechado mesmo antes da reunião nacional.