Mourão diz que Brasil não é vilão e chama Di Caprio para conhecer Amazônia
Vice-presidente defendeu que Brasil se preocupa com sustentabilidade e tem a matriz energética mais limpa do mundo
Reuters
Publicado em 19 de agosto de 2020 às 11h50.
Última atualização em 19 de agosto de 2020 às 13h49.
O vice-presidente Hamilton Mourão , coordenador do Conselho da Amazônia, afirmou nesta quarta-feira que não há exportação ilegal de produtos saindo da Amazônia e ainda rechaçou acusações de que os brasileiros seriam os "vilões da sustentabilidade", em pronunciamento no Fórum Mundial Amazônia +21.
"Não existe essa situação de que o Brasil está exportando para o resto do mundo produtos que saem ilegalmente da floresta. Se isso ocorre é numa porcentagem ínfima", disse, afirmando ainda que a agropecuária da região amazônica não tem participação significativa nacionalmente.
No discurso, o vice-presidente disse que "não somos os vilões da sustentabilidade", muito pelo contrário, destacando que o Brasil está entre os países que têm a matriz energética mais limpa do mundo. Citou ainda que o país tem mais de 60% de sua cobertura preservada, índice esse que sobe para mais de 80% na região amazônica, segundo ele.
Mourão aproveitou a palestra para fazer uma provocação.
"Eu gostaria de convidar o nosso mais recente crítico, o nosso ator Leonardo Di Caprio, para ir comigo aqui a São Gabriel da Cachoeira para fazermos uma marcha de oito horas pela selva entre o aeroporto de São Gabriel e a estrada de Cucuí. Ele vai aprender em cada socavão que ele tiver que passar que a Amazônia não é uma planície e aí entenderá melhor como funcionam as coisas nessa imensa região", disse em referência ao astro de Hollywood que também é um proeminente ativista das causas ambientais.