Mortes por chikungunya sobem de 14 para 159 em 2016
Mortes provocadas pela chikungunya no Brasil já representam 25% do total de mortes relacionadas ao Aedes aegypti
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de janeiro de 2017 às 11h10.
Brasília - Os óbitos provocados por chikungunya no Brasil já representam 25% do total de mortes relacionadas ao Aedes aegypti.
Em 2016, o País registrou 159 casos de mortes de pessoas que apresentavam a infecção. Isso representa um aumento muito expressivo quando comparado com as mortes identificadas no ano anterior: 14.
O avanço das taxas de mortalidade também destoa da descrição inicialmente feita por autoridades sanitárias da chikungunya - doença que pode provocar dores intensas, ser incapacitante, mas com pouco risco de levar à morte.
A maioria dos óbitos foi no Nordeste: Pernambuco (54), Paraíba (32) e Rio Grande do Norte (25).
Em 2016, doenças relacionadas ao Aedes provocaram 794 óbitos. O número de mortes atribuídas à dengue, embora ainda muito expressivo, é menor do que o registrado em 2015.
Ano passado, 629 pacientes morreram por causa da dengue. Em 2015, foram 984. A zika provocou seis mortes em 2016.
Uma das maiores preocupações de infectologistas é o avanço da chikungunya. Em 2016, até 17 de dezembro, foram registrados 265.554 casos da doença. As notificações ocorreram em 2.785 municípios brasileiros.
A taxa de incidência é de 129,9 casos para cada 100 mil habitantes, um aumento de 594% em relação ao mesmo período de 2015 (38.240) registros.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.