Polícia Militar do Rio de Janeiro: a policial Alda Rafael era lotada na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Parque Proletário (Tânia Rêgo/ABr)
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2014 às 17h35.
O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, classificou como “um tiro nas costas da sociedade” a morte da policial militar Alda Rafael, assassinada por criminosos na tarde de ontem (2) no Complexo da Penha, região do Complexo do Alemão. Ela era lotada na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Parque Proletário.
“Uma covardia [que] sofremos ontem, com uma policial feminina atingida pelas costas. Essa morte não foi somente a dela. A sociedade foi atingida pelas costas. Esse incidente, sem dúvida nenhuma, foi muito triste”, disse Beltrame, após a cerimônia de posse do novo chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso.
Beltrame frisou que o ataque dos criminosos nos últimos dias contra UPPs e também contra a 45ª Delegacia de Polícia, no Complexo do Alemão, não representa risco para a continuidade do projeto de segurança.
“Não corre risco, absolutamente. Nós temos 36 UPPs, atendemos, aproximadamente, a 1,5 milhão de pessoas, com 9,2 mil policiais. Temos tido alguns incidentes, especialmente nas UPPs que têm mais de 100 mil habitantes. Nós vamos em frente com esse projeto. Não vamos recuar. Entendo que não só no Rio de Janeiro, mas também no Brasil, se deixarmos marginais da lei assumirem territórios, ninguém vira a página da violência em qualquer lugar do mundo.”
O secretário disse que, no momento, não há necessidade de auxílio de forças federais, mas frisou que é favorável a parcerias. “Nós somos parceiros, somos favoráveis a parcerias, mas neste momento não há porque se pensar nisso.”
O novo chefe de Polícia, Fernando Veloso, ressaltou que a polícia está respondendo à altura às recentes ações criminosas. Uma grande operação conjunta foi deflagrada desde as primeiras horas da manhã, tendo como alvo principal a facção criminosa que controla o Complexo do Alemão.