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Morte de Malhães pode ser queima de arquivo, diz CEV do Rio

Presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio comentou morte do coronel reformado Paulo Malhães, cujo corpo foi encontrado no sítio em que morava

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2014 às 15h53.

Rio - O presidente da Comissão Estadual da Verdade (CEV) do Rio de Janeiro, Wadih Damous, comentou na tarde desta sexta-feira, 25, a morte do coronel reformado do Exército Paulo Malhães, cujo corpo foi encontrado no sítio em que morava, em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), com sinais de asfixia, segundo a Polícia Civil.

"Na minha opinião, é possível que o assassinato do coronel Paulo Malhães tenha sido queima de arquivo. Ele foi um agente importante da repressão política na época da ditadura e era detentor de muitas informações sobre fatos que ocorreram nos bastidores naquela época. É preciso que seja aberta com urgência uma investigação na área federal para apurar os fatos ocorridos no dia de hoje. A investigação da morte do coronel Paulo Malhães precisa ser feita com muito rigor porque tudo a leva a crer que ele foi assassinado", disse Damous.

Em março, Malhães prestou depoimento à Comissão Nacional da Verdade (CNV) e revelou ter participado de torturas de opositores do regime militar, durante a ditadura.

Disse ainda ter sido o responsável pelo sumiço do corpo do deputado Rubens Paiva, desaparecido em 1971.

A mulher do coronel reformado, Cristina Batista Malhães, disse que três homens invadiram o sítio na noite de quinta-feira, 24.

A Divisão de Homicídios da Baixada investiga o caso.

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