Outra novidade em relação às demais ocupações é o fato de toda a operação estar sendo acompanhada por defensores públicos (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2011 às 17h18.
São Paulo - O Morro da Mangueira amanheceu neste domingo ocupado por forças policiais para o início da instalação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio de Janeiro. A ação é coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança e começou às 6 horas.
Foram mobilizados 750 homens da Polícia Militar, Civil, Fuzileiros navais e agentes da inteligência da Polícia Federal. Quatorze blindados, seis deles da Marinha foram utilizados para a entrada dos policiais no complexo. Também estão sendo usados cinco helicópteros, sendo dois deles blindados. Não houve reação por parte dos moradores do Morro, que foram avisados com antecedência sobre a ocupação.
As equipes da PM que estão em incursão pelo Morro da Mangueira utilizam rádios transmissores com GPS. O equipamento permite que o comando da operação acompanhe o deslocamento das equipes na comunidade. O objetivo é evitar que ocorram saques e abusos como os registrados no Complexo do Alemão.
Outra novidade em relação às demais ocupações é o fato de toda a operação estar sendo acompanhada por defensores públicos. Carros da divisão de capturas (Polinter) estão com computadores para fazer o rastreamento de detidos e identificar se há mandados de prisão contra eles. De acordo com as informações já divulgadas, algumas motos roubadas foram apreendidas, mas não foi feita nenhuma prisão.
O hasteamento da bandeira do Brasil será feita por volta das 10h30. Logo depois, um helicóptero do Bope sobrevoara o local e fará um "bombardeio" psicológico com lançamento de panfletos com telefones do disk-denúncia.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança do Rio informou que a instalação da UPP deve ser finalizada entre 30 e 60 dias; após este período, os agentes do Bope deixam o complexo.