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Moro vai ouvir 31 testemunhas de Lula em apenas 4 dias

Moro marcou até o momento depoimentos de 119 testemunhas na ação - 75 destas foram convocadas pelo ex-presidente Lula

Sérgio Moro: o ex-presidente Lula convocou 87 testemunhas (Diego Vara/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de maio de 2017 às 21h08.

São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro marcou os depoimentos de 75 testemunhas de defesa, de um total de 87 convocadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação penal sobre suposta propina da Odebrecht ao petista. Em apenas quatro dias, entre 3 e 6 de julho, estão previstas audiências de 31 testemunhas.

O ex-presidente convocou 87 testemunhas. Em defesa prévia, em 26 de janeiro, a defesa de Lula havia convocado 52. Em 23 de fevereiro, em nova manifestação, arrolou mais 35.

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A acusação do Ministério Público Federal aponta que as vantagens indevidas chegaram a R$ 75 milhões em oito contratos com a Petrobras e incluiriam terreno de R$ 12,5 milhões para Instituto Lula e cobertura vizinha à residência do ex-presidente em São Bernardo do Campo de R$ 504 mil.

O ex-presidente é acusado de praticar os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Moro marcou até o momento depoimentos de 119 testemunhas na ação. Deste total, 75 foram convocadas por Lula.

Ainda estão pendentes de agendamento os depoimentos de testemunhas de defesa de Lula, do ex-ministro Antonio Palocci (Governos Lula e Dilma/Fazenda e Casa Civil) e de Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci.

Moro pediu a senadores e a deputados que escolham uma data entre 13 e 23 de junho para falar pelo petista.

Na lista de convocados estão nomes como o ministro da Fazenda Henrique Meirelles (Governo Michel Temer), os senadores Jorge Viana (PT-AC), Lindbergh Farias (PT-RJ), Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e o deputado Zeca do PT.

As 87 testemunhas de Lula foram motivo de queda de braço entre o petista e o juiz Moro. O magistrado chegou a exigir, em 17 de abril, o comparecimento do ex-presidente em todas as audiências.

O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), no entanto, em 3 de maio, desobrigou o petista desta exigência.

O TRF4 mantém jurisdição no Paraná, base da Operação Lava Jato. Todos os atos do juiz Sérgio Moro são submetidos ao crivo da Corte federal.

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