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Moreira Franco se recusa a comentar denúncia sobre propina

O executivo Claudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, diz ter pago R$ 3 milhões em propina para cancelar uma obra

Moreira Franco: montante teria sido pago pela Odebrecht em troca do cancelamento do projeto de construção de um aeroporto em SP (Antônio Cruz/AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2016 às 13h47.

Tóquio - O secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco , se recusou a comentar nesta terça-feira as denúncias de que recebeu R$ 3 milhões em propina para cancelar uma obra.

A delação foi feita pelo executivo Claudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht , que em depoimento disse à Procuradoria-Geral da República (PGR) ter pago o valor em 2014, quando o ministro era secretário de Aviação Civil no governo de Dilma Rousseff .

A informação foi veiculada no final de semana em reportagem da revista Veja. O montante teria sido pago pela Odebrecht em troca do cancelamento do projeto de construção de um terceiro aeroporto em São Paulo, na cidade de Caieiras, na Grande São Paulo.

A obra seria construída por empreiteiras concorrentes, a Camargo Corrêa e a Andrade Gutierrez, e prejudicaria os interesses da Odebrecht, concessionária do Aeroporto do Galeão, no Rio, que enfrentaria a concorrência da nova infraestrutura.

Hoje, em Tóquio, no primeiro dia de agenda oficial no Japão, Moreira Franco discursou a uma plateia de empresários japoneses e mencionou a estabilização econômica no Brasil, elogiando o plano Ponte para o Futuro, que norteia a política do governo de Michel Temer. Em seu discurso, não fez menções à Operação Lava Jato , muito menos às denúncias que o envolvem.

Questionado pelo jornal O Estado de S.Paulo sobre a delação de Melo Filho, Moreira Franco reagiu irritado, interrompeu a pergunta e se recusou a responder. "Eu já falei sobre isso. Por nota, mas já é suficiente. O que eu tinha a dizer está na nota", afirmou, reiterando várias vezes: "O que eu tenho a dizer está na nota. Entre no site. O que eu tinha a dizer está curto e grosso na nota."

Indagado sobre se tem a intenção de colocar o cargo à disposição do presidente Michel Temer, Moreira Franco repetiu: "O que eu tinha a dizer está na nota. Olhe a nota, vá ao site e veja".

Tão logo a denúncia veio a público, Moreira Franco divulgou uma nota oficial classificando a suposta propina de "mentira afrontosa", disse que o cancelamento aconteceu por razões técnicas e que nunca discutiu questões financeiras com Claudio Melo Filho. "Considero a denúncia uma indignidade e, sem provas, uma covardia", alegou.

Moreira Franco faz parte da comitiva presidencial que chegou a Tóquio na madrugada desta terça-feira e tem encontros com o imperador do Japão, Akihito, e o primeiro-ministro, Shinzo Abe, além de líderes empresariais. Desde que chegou, Temer ainda não falou com jornalistas. O presidente não tem agenda oficial hoje.

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A delação foi feita pelo executivo Claudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht , que em depoimento disse à Procuradoria-Geral da República (PGR) ter pago o valor em 2014, quando o ministro era secretário de Aviação Civil no governo de Dilma Rousseff .

A informação foi veiculada no final de semana em reportagem da revista Veja. O montante teria sido pago pela Odebrecht em troca do cancelamento do projeto de construção de um terceiro aeroporto em São Paulo, na cidade de Caieiras, na Grande São Paulo.

A obra seria construída por empreiteiras concorrentes, a Camargo Corrêa e a Andrade Gutierrez, e prejudicaria os interesses da Odebrecht, concessionária do Aeroporto do Galeão, no Rio, que enfrentaria a concorrência da nova infraestrutura.

Hoje, em Tóquio, no primeiro dia de agenda oficial no Japão, Moreira Franco discursou a uma plateia de empresários japoneses e mencionou a estabilização econômica no Brasil, elogiando o plano Ponte para o Futuro, que norteia a política do governo de Michel Temer. Em seu discurso, não fez menções à Operação Lava Jato , muito menos às denúncias que o envolvem.

Questionado pelo jornal O Estado de S.Paulo sobre a delação de Melo Filho, Moreira Franco reagiu irritado, interrompeu a pergunta e se recusou a responder. "Eu já falei sobre isso. Por nota, mas já é suficiente. O que eu tinha a dizer está na nota", afirmou, reiterando várias vezes: "O que eu tenho a dizer está na nota. Entre no site. O que eu tinha a dizer está curto e grosso na nota."

Indagado sobre se tem a intenção de colocar o cargo à disposição do presidente Michel Temer, Moreira Franco repetiu: "O que eu tinha a dizer está na nota. Olhe a nota, vá ao site e veja".

Tão logo a denúncia veio a público, Moreira Franco divulgou uma nota oficial classificando a suposta propina de "mentira afrontosa", disse que o cancelamento aconteceu por razões técnicas e que nunca discutiu questões financeiras com Claudio Melo Filho. "Considero a denúncia uma indignidade e, sem provas, uma covardia", alegou.

Moreira Franco faz parte da comitiva presidencial que chegou a Tóquio na madrugada desta terça-feira e tem encontros com o imperador do Japão, Akihito, e o primeiro-ministro, Shinzo Abe, além de líderes empresariais. Desde que chegou, Temer ainda não falou com jornalistas. O presidente não tem agenda oficial hoje.

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