- Últimas notícias
- Revista EXAME
- YPO - Líderes Extraordinários
- Exame IN
- Brasil
- Clima
- PME & Negócios
- Exame CEO
- ExameLab
- Bússola
- Casual
- Inteligência Artificial
- Ciência
- Economia
- Colunistas
- Esfera Brasil
- Exame Agro
- Inovação
- Marketing
- Melhores e Maiores
- Mundo
- Mercado Imobiliário
- Net Zero
- POP
- Esporte
- Seguros
- Tecnologia
- Vídeos
- Expediente
Moraes determina que PF apreenda dinheiro e bens acima de R$ 10 mil de hacker e de Zambelli
PF realiza buscas em endereços ligados à deputada e investiga suposta invasão ao CNJ e documentos falsos
Modo escuro
Os dois são os principais alvos da Operação 3FA, que investiga a suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) (Carlos Moura/SCO/STF/Flickr)

Publicado em 2 de agosto de 2023 às, 12h04.
A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quarta-feira, 2, Walter Delgatti Neto, hacker do ex-juiz Sérgio Moro e de ex-integrantes da Operação Lava Jato, entre eles o ex-deputado Deltan Dallagnol. A corporação ainda faz buscas em quatro endereços ligados à deputada federal Carla Zambelli.
Os dois são os principais alvos da Operação 3FA, que investiga a suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Segundo a PF, a ofensiva investiga delitos que ocorreram entre 4 e 6 de janeiro, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ 11 alvarás de soltura de presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Entenda o caso
Em depoimento, o hacker implicou Zambelli diretamente pela invasão do sistema do CNJ e inserção da ordem de prisão fraudulenta contra Moraes. Segundo a PF, Walter Delgatti disse que recebeu pagamentos como "contraprestação para ficar à disposição da parlamentar". Ele ainda citou o ex-presidente Jair Bolsonaro. Disse ter encontrado o ex-chefe do Executivo no Palácio do Alvorada, "tendo o mesmo lhe perguntado se o declarante, munido do código fonte, conseguiria invadir a urna eletrônica". Segundo o hacker, "isso não foi adiante, pois o acesso que foi dado pelo TSE foi apenas na sede do Tribunal".
Consequências
A ofensiva foi aberta por ordem do próprio Alexandre de Moraes, que mandou a PF apreender dinheiro e bens (joias, veículos, obras de arte e outros objetos) em valores superiores a R$ 10 mil, além de passaportes, computadores, celulares e armas dos investigados. O despacho dá aval para os investigadores vasculharem inclusive "cômodos secretos" que eventualmente encontrassem nos endereços vasculhados.
O ministro ainda determinou a quebra do sigilo bancário dos investigados. Outro alvo da operação é Thiago Eliezer Martins Santos, que também foi investigado na Operação Spoofing, junto de Walter Delgatti, o "Vermelho".
Ao todo, os investigadores cumprem cinco ordens de busca e apreensão - duas em São Paulo e três no Distrito Federal. São apurados supostos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
A PF indica que as inserções se deram após a invasão criminosa aos sistemas do CNJ, com o uso de credenciais falsas obtidas ilicitamente.
O inquérito em questão foi aberto perante a Justiça Federal para apurar a invasão ao sistema do CNJ, mas acabou remetido ao STF após "indícios de possível envolvimento de pessoa com prerrogativa de foro" - no caso, a deputada Carla Zambelli.
O nome da Operação, "3FA", faz referência à autenticação de dois fatores, a exigência de duas formas de identificação para acessar recursos e dados.
Créditos
Últimas Notícias
Branded contents
Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions
Lead Energy quer reduzir R$ 1 bi na conta de luz dos brasileiros até 2027
Ceará deve se tornar um dos maiores produtores do combustível do futuro
“O número de ciberataques tem crescido 20% ao ano”, diz a Huawei
“A geração de energia caminha lado a lado com o desenvolvimento econômico”, diz Paulo Câmara
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.