Moradores do Rio tentam ganhar dinheiro extra em Jogos
Nas ruas descuidadas ao redor do estádio iluminado, moradores esperam fazer um dinheirinho extra
Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2016 às 20h32.
Rio de Janeiro - Dentro do Estádio Olímpico no Rio de Janeiro, atletas de todo o mundo estão buscando a glória e fazer história. Nas ruas descuidadas ao redor do estádio iluminado, moradores esperam fazer um dinheirinho extra.
Alguns vendem bebidas e salgados nas suas casas. Uma oficina de carros na esquina da praça do estádio tem latas de cerveja à venda numa caixa térmica sobre uma mesa montada em frente a uma pilha de pneus.
"Eu estou desempregado. Então isso é uma oportunidade, uma oportunidade muito boa”, disse um homem chamado Wagner.
Wagner estava sentado numa cadeira do lado de fora da sua casa na Rua Bento Gonçalves assistindo o boxe numa televisão colocada sobre uma caixa de cerveja durante um intervalo na programação do atletismo.
Uma placa na porta dizia: “Banheiro: 2 reais, cerveja: 6 reais”.
Wagner, 32 anos, disse que muitas pessoas, brasileiros e estrangeiros, paravam para comprar cerveja ou usar as instalações, e ele iria mais tarde ao depósito para recarregar. Ele também tinha várias bandeiras nacionais à venda.
A área do Engenho de Dentro é na sua maior parte ocupada pelas classes mais baixas. Casas espremidas, muitas precisando de uma mão de tinta, ficam de cara para a calçada. Graffitis e desenhos da vida no Rio decoram muros.
O grande músico brasileiro Jorge Bem Jor imortalizou o Engenho de Dentro numa música que diz: “Olha aí, meu bem. Prudência e dinheiro no bolso, canja de galinha não faz mal a ninguém”.
O Estádio Olímpico, conhecido como Engenhão, foi construído num antigo terreno ferroviário para os Jogos Pan-americanos de 2007, quando os organizadores estavam procurando um espaço grande e barato.
A construção trouxe uma infraestrutura melhor para a vizinhança e a restauração da velha estação ferroviária, mas a área ainda tem um ar de degradada e está longe dos pontos mais glamorosos do Rio.
Mais abaixo, na mesma rua, Ester da Silva, 54 anos, montou uma loja na área frontal da sua casa e estava vendendo cerveja através das grades colocadas num muro com arame farpado no topo.
"Eu vendo salgados, bolinhos. Todos feitos aqui na minha casa. Muito fresco”, disse ela. “À noite fazemos um churrasco. Eu estou fazendo algum dinheiro, mas um monte de pessoas passa com pressa.”
Ela abriu todos os dias durante os Jogos Olímpicos. Os negócios são bons quando o Botafogo joga. Ela disse gostar da Olimpíada, mas que não ia ver nenhum evento dentro do estádio.
"Eu estou trabalhando. Eu vejo na TV”, declarou.
Rio de Janeiro - Dentro do Estádio Olímpico no Rio de Janeiro, atletas de todo o mundo estão buscando a glória e fazer história. Nas ruas descuidadas ao redor do estádio iluminado, moradores esperam fazer um dinheirinho extra.
Alguns vendem bebidas e salgados nas suas casas. Uma oficina de carros na esquina da praça do estádio tem latas de cerveja à venda numa caixa térmica sobre uma mesa montada em frente a uma pilha de pneus.
"Eu estou desempregado. Então isso é uma oportunidade, uma oportunidade muito boa”, disse um homem chamado Wagner.
Wagner estava sentado numa cadeira do lado de fora da sua casa na Rua Bento Gonçalves assistindo o boxe numa televisão colocada sobre uma caixa de cerveja durante um intervalo na programação do atletismo.
Uma placa na porta dizia: “Banheiro: 2 reais, cerveja: 6 reais”.
Wagner, 32 anos, disse que muitas pessoas, brasileiros e estrangeiros, paravam para comprar cerveja ou usar as instalações, e ele iria mais tarde ao depósito para recarregar. Ele também tinha várias bandeiras nacionais à venda.
A área do Engenho de Dentro é na sua maior parte ocupada pelas classes mais baixas. Casas espremidas, muitas precisando de uma mão de tinta, ficam de cara para a calçada. Graffitis e desenhos da vida no Rio decoram muros.
O grande músico brasileiro Jorge Bem Jor imortalizou o Engenho de Dentro numa música que diz: “Olha aí, meu bem. Prudência e dinheiro no bolso, canja de galinha não faz mal a ninguém”.
O Estádio Olímpico, conhecido como Engenhão, foi construído num antigo terreno ferroviário para os Jogos Pan-americanos de 2007, quando os organizadores estavam procurando um espaço grande e barato.
A construção trouxe uma infraestrutura melhor para a vizinhança e a restauração da velha estação ferroviária, mas a área ainda tem um ar de degradada e está longe dos pontos mais glamorosos do Rio.
Mais abaixo, na mesma rua, Ester da Silva, 54 anos, montou uma loja na área frontal da sua casa e estava vendendo cerveja através das grades colocadas num muro com arame farpado no topo.
"Eu vendo salgados, bolinhos. Todos feitos aqui na minha casa. Muito fresco”, disse ela. “À noite fazemos um churrasco. Eu estou fazendo algum dinheiro, mas um monte de pessoas passa com pressa.”
Ela abriu todos os dias durante os Jogos Olímpicos. Os negócios são bons quando o Botafogo joga. Ela disse gostar da Olimpíada, mas que não ia ver nenhum evento dentro do estádio.
"Eu estou trabalhando. Eu vejo na TV”, declarou.