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Modelo político do Brasil está falido, diz Alckmin

O pré-candidato presidencial tucano criticou o tempo mais curto de campanha eleitoral porque prejudica a renovação política

Alckmin: "O nosso modelo institucional, político, está exaurido, falido", disse Alckmin (Misha Friedman/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 14 de março de 2018 às 21h44.

São Paulo - O governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin , disse nesta quarta-feira que o modelo institucional e político do Brasil está falido.

"O nosso modelo institucional, político, está exaurido, falido", disse Alckmin em painel no Fórum Econômico Mundial para a América Latina. "É preciso prestar atenção que na última eleição 20 milhões de eleitores não votaram, sendo o voto obrigatório. Há realmente uma crise do sistema político."

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O pré-candidato presidencial tucano criticou o tempo mais curto de campanha eleitoral porque prejudica a renovação política. Com o fim das doações empresariais, os parlamentares decidiram reduzir o tempo de campanha numa reforma eleitoral aprovada em 2015, com o objetivo formal de redução de custos.

"A campanha foi reduzida a 45 dias, ou seja, ela foi feita para que não haja renovação, para eleger quem já está lá. Em 45 dias o candidato novo não vai ser nem conhecido, quanto mais conquistar um voto", reclamou.

Legitimidade e reformas

Apesar da queixa sobre o tempo de campanha, Alckmin disse que o presidente eleito em outubro terá grande legitimidade e deve aproveitar bem o primeiro ano de governo, que será essencial para a aprovação de reformas, entre elas a da Previdência, a política e a tributária.

O governador disse que suas prioridades podem ser resumidas em três palavras: crescimento, inclusão e sustentabilidade. Mas para garantir isso o primeiro passo é resolver a questão fiscal.

"Para (o crescimento) ser sustentável, é preciso a macroeconomia funcionar. Primeira coisa é resolver o déficit fiscal, rapidamente você sair do modelo de défict primário para superávit primário", argumentou.

Em pesquisa Datafolha do final de janeiro, Alckmin chega a 7 por cento das intenções de voto em cenários que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece como candidato. Quando Lula não aparece na disputa, Alckmin melhora e vai a 11 por cento.

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