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Mizael estava "no encalço" de Mércia, diz delegado

Segundo delegado, as ligações telefônicas entre o ex-policial Mizael e o vigia Evandro, acusado de ser cúmplice do crime, não deixam dúvida sobre a autoria do assassinato


	Faixa policial: o depoimento de Evandro incrimina Mizael Bispo de Souza
 (AFP)

Faixa policial: o depoimento de Evandro incrimina Mizael Bispo de Souza (AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2013 às 13h36.

São Paulo - Quarta testemunha a depor no julgamento do caso Mércia Nakashima, o delegado Antonio Assunção de Olim, que esteve a cargo das investigações, afirmou que ligações telefônicas entre Mizael Bispo de Souza e o vigia Evandro Bezerra da Silva, acusado de ser cúmplice do crime, mostram que o ex-policial militar estava "no encalço" da advogada.

"Não tenho dúvida nenhuma que o Mizael matou a Mércia", disse Olim. Ele é a primeira pessoa a ser ouvida no segundo dia do julgamento, que começou na manhã desta terça-feira. Hoje deve depor ainda o advogado Arles Gonçalves Junior. Ele acompanhou os depoimentos do vigia, que diz ter sido torturado para confessar. O depoimento de Evandro incrimina Mizael Bispo de Souza.

O promotor do caso, Rodrigo Merli Antunes, fez uma série de questionamentos para averiguar se o vigia foi ou não pressionado ou coagido em seus interrogatórios. A maneira como o depoimento de Evandro foi obtido poderia desqualificá-lo como testemunha e favorecer Mizael.

"Ele (Evandro) fala que foi torturado por policiais em Sergipe, mas fizemos exames no IML (Instituto Médico Legal) e não tinha nada", argumentou Olim. O delegado disse ainda que, durante as investigações, a defesa de Mizael tentou despistá-lo, apresentando outros suspeitos para o assassinato.

Mais adiante, o promotor Antunes perguntou a Olim se ele já havia sido condenado em algum processo criminal. O delegado disse que, enquanto trabalhava na Divisão Antissequestro, chegou a ser denunciado por tortura mas o juiz não aceitou a denúncia.

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