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Minorias ainda precisam de mais espaço no Brasil, diz ONU

A especialista da ONU para Assuntos de Minorias concluiu uma visita ao Brasil

Gays: para a funcionária da ONU, o Brasil está "no caminho correto" no desenvolvimento de leis e políticas (.)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2015 às 21h26.

Brasília - A especialista das Nações Unidas para Assuntos de Minorias, Rita Izsak, concluiu nesta quinta-feira uma visita ao Brasil, e afirmou que os setores minoritários ainda esperam pelo cumprimento de promessas e por mais espaços na sociedade.

"Os grupos minoritários no Brasil ainda não viram cumpridas as promessas de igualdade, apesar de inumeráveis leis, políticas e programas de ação afirmativa executados para superar os desafios das comunidades mais vulneráveis", declarou em entrevista coletiva.

Para a funcionária da ONU, o Brasil está "no caminho correto" no desenvolvimento de leis e políticas para conter a discriminação, o racismo e a injustiça.

No entanto, ela apontou que muitas dessas políticas, que terão impacto a longo prazo, "não atendem as demandas urgentes que as minorias mais prejudicadas sempre têm".

Izsak alertou, em particular, sobre a situação da comunidade de negros, que são a grande maioria entre a população das favelas. E que, além da própria pobreza, enfrentam um elevado índice de violência.

"A alta taxa de homicídios, que chega a 56 mil por ano, tem que acabar. Isso afeta particularmente os afro-brasileiros, que constituem 75% das vítimas", disse a especialista da ONU.

Ela também defendeu os pedidos de setores que, por exemplo, exigem a extinção da Polícia Militar, e pediu o fim da impunidade, que muitas vezes dá respaldo à violência das forças de segurança.

Izsak pediu, além disso, que se abra um "diálogo contínuo" com os grupos minoritários e que se "estabeleça confiança" entre os diversos atores da sociedade e as autoridades. Para ela, se isso não ocorrer, o Brasil "pode deixar de aproveitar os avanços registrados até agora e danificar ainda mais seu já delicado tecido social".

A especialista da ONU esteve no Brasil por 11 dias, nos quais visitou diversas cidades dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, assim como comunidades pobres de Brasília.

O resultado dessa viagem será reunido em um relatório especial sobre a situação dos grupos minoritários no país, que será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em março do próximo ano.

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Brasília - A especialista das Nações Unidas para Assuntos de Minorias, Rita Izsak, concluiu nesta quinta-feira uma visita ao Brasil, e afirmou que os setores minoritários ainda esperam pelo cumprimento de promessas e por mais espaços na sociedade.

"Os grupos minoritários no Brasil ainda não viram cumpridas as promessas de igualdade, apesar de inumeráveis leis, políticas e programas de ação afirmativa executados para superar os desafios das comunidades mais vulneráveis", declarou em entrevista coletiva.

Para a funcionária da ONU, o Brasil está "no caminho correto" no desenvolvimento de leis e políticas para conter a discriminação, o racismo e a injustiça.

No entanto, ela apontou que muitas dessas políticas, que terão impacto a longo prazo, "não atendem as demandas urgentes que as minorias mais prejudicadas sempre têm".

Izsak alertou, em particular, sobre a situação da comunidade de negros, que são a grande maioria entre a população das favelas. E que, além da própria pobreza, enfrentam um elevado índice de violência.

"A alta taxa de homicídios, que chega a 56 mil por ano, tem que acabar. Isso afeta particularmente os afro-brasileiros, que constituem 75% das vítimas", disse a especialista da ONU.

Ela também defendeu os pedidos de setores que, por exemplo, exigem a extinção da Polícia Militar, e pediu o fim da impunidade, que muitas vezes dá respaldo à violência das forças de segurança.

Izsak pediu, além disso, que se abra um "diálogo contínuo" com os grupos minoritários e que se "estabeleça confiança" entre os diversos atores da sociedade e as autoridades. Para ela, se isso não ocorrer, o Brasil "pode deixar de aproveitar os avanços registrados até agora e danificar ainda mais seu já delicado tecido social".

A especialista da ONU esteve no Brasil por 11 dias, nos quais visitou diversas cidades dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, assim como comunidades pobres de Brasília.

O resultado dessa viagem será reunido em um relatório especial sobre a situação dos grupos minoritários no país, que será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em março do próximo ano.

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