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Ministro José Dirceu entra com habeas corpus preventivo

No pedido, os advogados de Dirceu alegam que ele está "na iminência de sofrer constrangimento legal" decorrente de ato do juiz, Sergio Moro, do Paraná


	José Dirceu: o nome do politico tem sido citado em delações premiadas vazadas pela imprensa, especialmente em pagamentos envolvendo sua empresa de consultoria
 (Wilson Dias/ABr)

José Dirceu: o nome do politico tem sido citado em delações premiadas vazadas pela imprensa, especialmente em pagamentos envolvendo sua empresa de consultoria (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2015 às 15h48.

São Paulo - A defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu entrou com pedido de habeas corpus preventivo junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região para evitar que ele seja preso no âmbito da operação Lava Jato, informaram a assessoria de imprensa do tribunal e o próprio ex-ministro em seu blog na Internet.

No pedido, os advogados de Dirceu alegam que ele está "na iminência de sofrer constrangimento legal" decorrente de ato do juiz da 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná, Sergio Moro, que cuida dos casos envolvendo a Lava Jato.

O nome de Dirceu tem sido citado em delações premiadas vazadas pela imprensa, especialmente em pagamentos envolvendo sua empresa de consultoria, a JD Assessoria e Consultoria.

No pedido de habeas corpus, a defesa de Dirceu lembra que o Ministério Público já pediu a quebra do sigilo fiscal da JD Assessoria e afirma que Dirceu tem sido alvo de uma "sanha persecutória" por parte dos investigadores da Lava Jato.

"José Dirceu tem colaborado com as autoridades, revelando, assim, a absoluta desnecessidade de eventual e tão anunciada prisão preventiva", afirma a defesa no pedido, divulgado pelo ex-ministro em seu blog.

Dirceu cumpre atualmente pena de prisão domiciliar após ser condenado no Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão.

A Lava Jato investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras, no qual empreiteiras teriam formado um cartel para vencer contratos de obras da estatal. Em troca, teriam pago propinas a funcionários da empresa, operadores que lavariam o dinheiro do esquema, políticos e partidos.

Na semana passada, uma pessoa sem ligação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou com habeas corpus preventivo em favor do ex-presidente no TRF4. O pedido foi posteriormente negado. No caso de Dirceu, no entanto, o pedido foi feito por advogados constituídos por ele.

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