Brasil

Ministro do TCU quer ampliar bloqueio de bens de Gabrielli

A lista inclui o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli e ex-diretores envolvidos na Lava Jato, como Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró


	Bloqueio de bens: a lista inclui o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli e ex-diretores envolvidos na Lava Jato, como Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Bloqueio de bens: a lista inclui o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli e ex-diretores envolvidos na Lava Jato, como Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de março de 2016 às 13h03.

Brasília - O ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), vai pedir nesta quarta-feira, 2, aos colegas de corte que renovem por mais um ano o bloqueio de bens de ex-executivos da Petrobras condenados por prejuízo bilionário na compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

A lista inclui o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli e ex-diretores implicados na Operação Lava Jato, como Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Serviços) e Nestor Cerveró (Internacional).

O tribunal concluiu em 2014 que houve dano ao erário de US$ 792 milhões na aquisição de Pasadena, feita em duas etapas, em 2006 e 2012. Os ministros decidiram abrir tomadas de contas especiais para confirmar as perdas e a responsabilidade de cada envolvido.

Dez ex-dirigentes da estatal tiveram os bens bloqueados, com o objetivo de resguardar eventual ressarcimento aos cofres públicos.

Conforme o Regimento Interno do TCU, a indisponibilidade patrimonial vale por um ano. Na maioria dos casos, vencerá este mês.

Porém, como as tomadas de contas não foram concluídas, o ministro pedirá aos colegas de plenário que decretem novamente o bloqueio, baseado na jurisprudência da corte de contas. A medida evitaria que os ex-executivos se desfaçam dos bens antes do desfecho dos processos.

Se a corte não renovar os bloqueios, restará ao governo pleiteá-los, o que dependeria de uma decisão da Advocacia-Geral da União (AGU).

A compra de Pasadena é considerada um dos piores negócios já feitos pela Petrobras. Delatores da Lava Jato já confirmaram que houve pagamento de propina a executivos da estatal para aprová-la.

Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, a aquisição dos primeiros 50% da refinaria teve aval, em 2006, da então presidente do Conselho de Administração e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, além de demais integrantes do colegiado.

Em nota ao jornal, a presidente justificou em 2014 que se baseou num parecer falho, elaborado por Nestor Cerveró, que omitia cláusulas prejudiciais do negócio. Do contrário, assegurou, não votaria a favor do negócio.

Embora não tenha bloqueado os bens de ex-integrantes do Conselho de Administração, o TCU deve se aprofundar sobre a responsabilidade dos conselheiros. A compra da refinaria também é alvo da Lava Jato. 

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisCorrupçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesIndústria do petróleoOperação Lava JatoPetrobrasPetróleoTCU

Mais de Brasil

BNDES divulga edital de concurso com salário inicial de R$ 20.900; veja detalhes

Pré-candidatos tentam evitar 'palavras-mágicas' para não serem punidos por campanha antecipada

Após prestigiar Boulos, Lula só deve participar de mais uma convenção de candidatos; saiba qual

No Brasil para o G20, secretária do Tesouro dos EUA discutirá economia e geopolítica

Mais na Exame