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Ministério Público pede condenação de Cunha na Lava Jato

Os procuradores pedem ainda que Cunha seja condenado a pagamento de multa de cerca de 2,9 milhões de reais

Eduardo Cunha: os procuradores afirmam que o ex-parlamentar, que presidiu a Câmara dos Deputados até o ano passado, tem uma "personalidade voltada para a prática criminosa" (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Eduardo Cunha: os procuradores afirmam que o ex-parlamentar, que presidiu a Câmara dos Deputados até o ano passado, tem uma "personalidade voltada para a prática criminosa" (Rodolfo Buhrer/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de março de 2017 às 16h22.

São Paulo - O Ministério Público Federal no Paraná pediu nesta terça-feira a condenação do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas em ação penal no âmbito da operação Lava Jato, na qual o ex-parlamentar, que teve o mandato cassado, é acusado de receber propina do esquema de corrupção na Petrobras.

Os procuradores pedem ainda que Cunha seja condenado a pagamento de multa de cerca de 2,9 milhões de reais --equivalentes a 5.400 salários mínimos de 2011, época em que os crimes teriam sido cometidos--, além da perda dos recursos em contas na Suíça e pagamento de 77,5 milhões de dólares a título de reparação dos danos causados à Petrobras.

Nas alegações finais do processo em que Cunha é acusado de receber propina na compra pela estatal brasileira de campos exploratórios de petróleo em Benin, na África, os procuradores afirmam que o ex-parlamentar, que presidiu a Câmara dos Deputados até o ano passado, tem uma "personalidade voltada para a prática criminosa".

"Conforme demonstrado no curso da ação penal, o prejuízo causado à Petrobras com os atos de corrupção na compra do campo de petróleo de Benin totalizaram cerca de 77 milhões de dólares americanos. Por outro lado, as propinas totais acertadas neste contrato chegaram a 10 milhões de dólares americanos", afirmou o Ministério Público Federal.

"Tais valores por óbvio resultaram em sérias consequências econômicas à Petrobras e a seus acionistas", acrescentou.

Cunha, que está preso em Curitiba por conta da Lava Jato, nega as irregularidades.

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