PCC: os alvos da operação vão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, entre outros (Reprodução/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 16 de junho de 2017 às 13h29.
O Ministério Público do Rio Grande do Norte cumpre hoje (16) 21 mandados de prisão, 24 de condução coercitiva e 129 de busca de apreensão na Operação Juízo Final, deflagrada contra a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua no sistema prisional do estado.
Os mandados estão sendo cumpridos em 18 municípios do Rio Grande do Norte, em 13 unidades prisionais estaduais e no presídio federal de Porto Velho.
Participam da ação 200 policiais militares, promotores de Justiça, integrantes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e agentes penitenciários estaduais e federais.
Segundo as investigações, que duraram dois anos, o grupo atua no tráfico de drogas, roubo de veículos, explosões de caixas eletrônicos, homicídios, entre outros crimes.
De acordo com o Ministério Público, a facção estava presente em praticamente todo o sistema carcerário potiguar e articulava ações com integrantes do grupo criminoso de outros estados do Brasil.
Anotações apreendidas durante a investigação continham relação dos criminosos, com nome, função e número de telefone. Também foram encontrados documentos bancários que ajudaram a comprovar a movimentação financeira do grupo.
Em conversas telefônicas interceptadas durante a investigação, integrantes da facção combinavam resgate de presos, assaltos, roubos de veículos e planos contra a facção rival que também atua em presídios do estado.
De acordo com o MP, os alvos da operação vão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, entre outros.
Além disso, o Ministério Público informou que pediu a fixação de multa de R$ 15 milhões ao WhatsApp pelo descumprimento reiterado de ordem judicial para permitir acesso a conversas dos investigados.