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Ministério Público do RJ denuncia "Dr. Bumbum" por homicídio

Lilian Quezia Calixto morreu após um procedimento de bioplastia dos glúteos feito no apartamento de Denis Furtado

Médico Denis Furtado foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por homicídio doloso (@bioplastiamedica/facebook/Reprodução)

Médico Denis Furtado foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por homicídio doloso (@bioplastiamedica/facebook/Reprodução)

AB

Agência Brasil

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 12h14.

O médico Denis Furtado foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por homicídio doloso na morte da bancária Lilian Quezia Calixto de Lima Jamberci. Além do médico, conhecido como Dr. Bumbum, também foram denunciados pelo crime: Maria de Fátima Barros Furtado, médica e mãe de Denis, a namorada e secretária do médico, Renata Fernandes Cirne, e a empregada doméstica, Rosilane Pereira da Silva.

A bancária morreu na madrugada do dia 15 de julho após um procedimento de bioplastia dos glúteos feito no apartamento de Denis Furtado, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Segundo a denúncia do MPRJ, foi aplicada na paciente uma quantidade acima do permitido da substância química polimetilmetacrilato (PMMA), "sem observar minimamente os deveres legais de cuidado inerentes ao procedimento, assumindo assim os riscos decorrentes de suas condutas". Após passar mal, a bancária foi levada para o hospital Barra D'Or, onde acabou morrendo.

"Note-se que Denis, auxiliado pelas demais denunciadas, ao realizar na vítima o procedimento de bioplastia de glúteos, introduzindo 300 ml da substância PMMA através de procedimento invasivo, quando a recomendação é de uso em pequenas doses e com restrições, criou o risco proibido, previsível ao denunciado na sua condição de médico, risco esse incrementado uma vez que a intervenção foi realizada em um apartamento, provisória e precariamente adaptado para o atendimento de pacientes, assumindo destarte o risco do resultado decorrente de sua conduta, qual seja, a morte da vítima", diz um trecho da denúncia.

O documento do MPRJ ressalta ainda que Dr. Bumbum não tinha especialização médica para realizar o procedimento e que seus registros estavam inscritos apenas nos conselhos regionais de Goiás e do Distrito Federal. A atuação como médico no Rio de Janeiro era, portanto, irregular.

Já Maria de Fátima teve seu registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). Mesmo assim, apresentava-se como médica e fazia procedimentos cirúrgicos junto com o filho, além de captar pacientes.

"Com expressivo número de seguidores nas redes sociais, o 'Dr. Bumbum' atraía as mulheres sob a falsa promessa de beleza fácil e imediata", diz o documento.

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