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Ministério da Saúde confirma 1.271 casos de microcefalia

Foram notificados 7.343 casos suspeitos, dos quais 2.492 descartados e 3.580 estão em investigação para diagnóstico conclusivo


	Microcefalia: já se sabe que o vírus zika em gestantes também pode ocasionar problemas na visão, no coração e outros problemas neurológicos no feto
 (REUTERS/ Ueslei Marcelino)

Microcefalia: já se sabe que o vírus zika em gestantes também pode ocasionar problemas na visão, no coração e outros problemas neurológicos no feto (REUTERS/ Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2016 às 17h17.

O Ministério da Saúde confirmou hoje (4) que, até dia 30 de abril, 1.271 bebês nasceram com microcefalia e outras alterações do sistema nervoso por causas infecciosas em todo o país.

Foram notificados 7.343 casos suspeitos, dos quais 2.492 descartados e 3.580 estão em investigação para diagnóstico conclusivo.

Os dados são de registros feitos a partir de outubro de 2015, quando a microcefalia começou a ter notificação obrigatória pelo ministério.

A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada.

Além da microcefalia, já se sabe que a infecção pelo vírus zika em gestantes também pode ocasionar problemas na visão, no coração e outros problemas neurológicos no feto.

A microcefalia pode ser causada por diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.

Dos casos confirmados, 203 tiveram confirmação laboratorial para o vírus zika. No entanto, o Ministério da Saúde destacou que esse dado reflete um número inferior à totalidade do número de casos relacionados ao vírus.

Para o ministério, a maior parte dos casos foi causada pelo zika, mas isso não foi comprovado em laboratório.

Zika

Transmitido por um mosquito já bem conhecido dos brasileiros, o Aedes aegypti, o vírus zika começou a circular no Brasil em 2014, mas teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015.

O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre do ano passado, era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo mesmo mosquito.

Porém, no dia 28 de novembro de 2015, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas pelo vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos. Pesquisadores confirmaram que a Síndrome de Guillain-Barré também pode ser ocasionada pelo zika. 

A chegada do vírus ao Brasil elevou o número de nascimentos de crianças com microcefalia de 147, em 2014, para pelo menos 1.271 casos de outubro do ano passado a 30 de abril deste ano.

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