Militares: "Nós pegamos a Rocinha em guerra e, no momento, ela esta estabilizada", disse o ministro (Mario Tama/Getty Images)
Reuters
Publicado em 28 de setembro de 2017 às 20h59.
Rio de Janeiro - As Forças Armadas vão sair na sexta-feira da comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, uma semana depois de serem convocadas emergencialmente para acalmar o clima na maior favela da cidade, mas o protagonista da guerra, o traficante Rogério 157, não foi preso.
Mesmo assim, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, considera a ação na Rocinha bem-sucedida.
"Nós pegamos a Rocinha em guerra e, no momento, ela esta estabilizada", disse ele à Reuters.
Nessa quinta feira, depois de mais de 10 dias de tensão escolas e unidades de saúde funcionaram integralmente na comunidade. No auge dos conflitos, os servíçospararam de funcionar e as pessoas evitaram sair de casa. Policiais estiveram em uma outra comunidade nessa quinta-feira, a Maré, na zona norte atrás da quadrilha de Rogério 157 que poderia ter se refugiado lá.
"Os chefes da Rocinha não foram presos, migraram para outros locais", acrescentou o ministro
Segundo ele, outras operações conjuntas estão sendo planejadas pelas Forças Armadas no Estado e podem acontecer a qualquer momento, inclusive na Rocinha. "Nós criamos uma força de ação rápida que pode voltar em 2 ou 3 horas à Rocinha", disse.
Com as operações na Rocinha e em outros locais da cidade em busca do traficante Rogério 157 foram apreendidos 25 fuzis e 24 pessoas foram presas. Os custos da operação não foram revelados, mas fontes próximas disseram "que não foram baratas" e custaram "alguns milhões".