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Mesmo sem indícios de fraudes, Bolsonaro questiona urnas eletrônicas

O questionamento do sistema de urna eletrônica é feito constantemente por Bolsonaro e seus apoiadores

Bolsonaro: Em março, o Presidente disse que teria vencido a eleição de 2018 no primeiro turno, mas não apresentou nenhuma prova (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 16 de novembro de 2020 às 11h35.

Última atualização em 16 de novembro de 2020 às 11h37.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas e do sistema de votação brasileiro, apesar dos órgãos oficiais não terem registrado nenhum indício de fraudes ou problemas do tipo nas eleições municipais deste domingo.

Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira, Bolsonaro afirmou que o país precisa "de um sistema de apuração que não deixe dúvidas".

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"Tem que ser confiável e rápido. Não deixar margem para dúvidas", acrescentando que apenas o Brasil usa urnas eletrônicas, o que não é verdade.

No domingo, depois de um atraso no sistema de totalização dos dados pelo Tribunal Superior Eleitoral, somado a resultados desfavoráveis à extrema-direita em praticamente todos os Estados, bolsonaristas começaram a questionar o sistema nas redes sociais, levantando hashtags que falavam abertamente de fraude.

Uma das deputadas mais fiéis a Bolsonaro, Carla Zambelli (PSL-SP), mostrou sua incredulidade com os resultados em um post no Twitter em que também levantava a hipótese de fraude.

"O que houve com os conservadores? Erramos, nos pulverizamos ou sofremos uma fraude monumental", escreveu Zambelli.

O questionamento do sistema de urna eletrônica é feito constantemente por Bolsonaro e seus apoiadores. Em março, o presidente chegou a dizer, em Miami, que teria provas de que havia vencido a eleição de 2018 no primeiro turno. As provas nunca foram apresentadas.

"Se não tivemos uma forma confiável de apurar as eleições a dúvida sempre vai permanecer", disse Bolsonaro.

"No meu caso eu estou sempre ouvindo a população e eles querem um sistema de apuração que possa demorar um pouco mais, não tem problema, mas que seja garantido que o voto que essa pessoa deu vá para aquela pessoa realmente de fato."

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