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Mercado de olho nos juros; Moro: difícil de provar; eleições antecipadas no Peru?

Martin Vizcarra: presidente do Peru propõe antecipar eleições no país (Henry Romero/Reuters)

Martin Vizcarra: presidente do Peru propõe antecipar eleições no país (Henry Romero/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2019 às 07h05.

Última atualização em 29 de julho de 2019 às 07h30.

Mercado de olho nos juros

Investidores começam a semana atentos a duas decisões sobre taxas de juros a serem divulgadas na quarta-feira, no Brasil e nos EUA. No Brasil, espera-se que o Comitê de Política Monetária dê início a uma série de quatro cortes de 0,25 ponto na Selic até o fim do ano. A taxa está em 6,5% ao ano desde março. Nos Estados Unidos, o Fed deve cortar os juros pela primeira vez desde a crise financeira de uma década atrás, também em 0,25 ponto percentual. A expectativa de cortes tende animar os pregões ao longo da semana.

Moro: difícil de provar

Mensagens trocadas por procuradores da Lava Jato pelo aplicativo Telegram sugerem que Sergio Moro considerou “difícil de provar” a delação do ex-ministro Antonio Palocci sobre supostos crimes cometidos pelos ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. As denúncias em questão foram divulgadas por Moro no dia 1º de outubro de 2018, a seis dias do primeiro turno das eleições presidenciais. Na época, o então juiz foi acusado por partidários do petista Fernando Haddad de querer prejudicar sua candidatura. Em diálogo obtido pelo site The Intercept e divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira 29, o procurador Paulo Roberto Galvão comenta sobre a delação com colegas da força-tarefa da Lava Jato.

Cubanos terão direito a residência

Cubanos que vieram ao Brasil para integrar o programa Mais Médicos terão direito a solicitar a residência no país. A medida passa a valer a partir desta segunda-feira 29, com a publicação de uma portaria no Diário Oficial da União (DOU), assinada pelo ministro de Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o ministro de relações Exteriores, Ernesto Araújo. A autorização visa “atender ao interesse da política migratória nacional”, de acordo com o texto.

Novos confrontos em Hong Kong

A polícia de Hong Kong entrou em confronto com milhares de manifestantes neste domingo na tentativa de defender o principal escritório de representação da China das multidões, no que muitos veem como um ciclo de violência cada vez maior. Nos últimos dois meses, manifestantes liderados por ativistas anti-governo contra uma lei proposta que permitiria a extradição de pessoas da cidade para serem julgadas na China continental estão cada vez mais violentos. Uma marcha no domingo contra uma investida violenta no fim de semana anterior, realizada por supostos membros de gangues, terminou em uma confusão violenta, com a polícia dispersando as multidões.

Ministra recusa cargo em Porto Rico

A secretária de Justiça de Porto Rico, Wanda Vázquez, que deveria substituir temporariamente o governador Ricardo Rosselló, forçado a renunciar por um maciço movimento de protesto, disse neste domingo (28) que não tinha interesse em assumir o cargo. “Reitero, não tenho interesse em ocupar o cargo de governadora”, escreveu Vázquez no Twitter. “Espero que o senhor governador identifique e submeta um candidato ao posto de Secretário/a de Estado antes de 2 de agosto e assim o manifestei”, acrescentou, prolongando uma crise política que dura várias semanas na ilha caribenha.

Irã adverte Europa

O Irã advertiu neste domingo (28) os europeus a não criarem obstáculos às suas exportações de petróleo e que a multiplicação de incidentes compromete os esforços de salvar o acordo nuclear de 2015, debilitado pela retirada unilateral americana. “Qualquer obstáculo à forma como o Irã exporta seu petróleo vai contra o JCPOA (Plano de Ação Integral Conjunto, o acordo sobre o programa nuclear iraniano)”, destacou o vice-ministro iraniano das Relações Exteriores, Abbas Araghchi. Araghchi deu estas declarações ao final de se reunir, em Viena, com os países que integram o acordo: França, Reino Unido, Alemanha, Rússia e China.

Eleições antecipadas no Peru?

O presidente do Peru, Martín Vizcarra, propôs neste domingo (28) ao Congresso antecipar as eleições para julho de 2020, reduzindo em um ano seu próprio mandato e o dos legisladores, como forma de sair da “crise institucional” entre os dois poderes. O mandatário, que ganhou popularidade ao enfrentar o Congresso, disse que sua proposta deverá ser ratificada por referendo, depois de ser aprovada pelo Parlamento, dominado pela oposição fujimorista. “A voz do povo tem que ser ouvida, por isso esta reforma constitucional deverá ser ratificada por meio de referendo. O Peru grita por um novo começo”, declarou o presidente, em meio a vaias e ovações.

China: não sucumbiremos

O chanceler chinês Wang Yi afirmou que seu país “não sucumbirá à aplicação de pressão máxima”, no contexto da guerra comercial com os Estados Unidos, em uma entrevista publicada neste domingo pelo jornal chileno El Mercurio, dias antes de as duas potências retomarem as negociações. Visitando o Chile para reunião do grupo dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o funcionário disse que espera que Pequim e Washington encontrem “soluções mutuamente aceitáveis, por meio de diálogo e consultas baseados em respeito recíproco”.

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