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Mendes: TSE não é joguete

Se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está no centro das atenções da República, não seu presidente, o ministro Gilmar Mendes, que vai tirá-lo de lá. Nesta segunda-feira, ele disse, após palestra magna do 2º Congresso Jurídico da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), em São Paulo, que há muita especulação na mídia sobre possíveis pedidos […]

GILMAR MENDES: ministro do Supremo diz que o país está “se tornando organizações tabajara” / Antonio Cruz/Agência Brasil (Antonio Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2017 às 18h56.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h01.

Se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está no centro das atenções da República, não seu presidente, o ministro Gilmar Mendes, que vai tirá-lo de lá. Nesta segunda-feira, ele disse, após palestra magna do 2º Congresso Jurídico da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), em São Paulo, que há muita especulação na mídia sobre possíveis pedidos de vista no julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE, marcado para começar no dia 6 de junho.

“Se houver pedido de vistas, é algo absolutamente normal. Ninguém fará por combinação com este ou aquele intuito”, disse o ministro. Também não cabe, segundo Gilmar Mendes, ao TSE resolver a crise política. “Isso é bom, que se diga. O Tribunal não é instrumento para solução de crise política. O julgamento será jurídico e judicial. Então não venham para o Tribunal dizer: vocês devem resolver uma crise que nós criamos. Resolvam as suas crises”, bradou o ministro.

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Mendes mostrou irritação ao ser questionado sobre esta eventual postergação do julgamento durante rápida entrevista que concedeu após a palestra. E depois se alterou novamente quando perguntado se o que acabara de dizer era a confirmação do que havia falado pouco antes ao jornal Folha de S. Paulo, de que o TSE não seria joguete do governo. “O TSE não é joguete de ninguém”, disse.

O ministro também criticou propostas constantes de mudança na Constituição, como a tentativa promover eleições diretas, e a ausência de grandes líderes no Brasil e disse que costuma brincar que o país “está se tornando uma grande organização Tabajara”. Sobre a troca de Osmar Serraglio por Torquato Jardim como ministro da Justiça, anunciada no domingo 28, pelo Palácio do Planalto, Mendes negou que a aproximação de Torquato com os tribunais poderia facilitar as conversações do Judiciário com o Poder Executivo. “A questão não é essa”, disse.

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