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Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de dezembro de 2018 às 16h04.
Estudo da Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getulio Vargas (FGV EMAp) revela que os R$ 200 milhões - valor do prêmio da Mega Sena da Virada - enfileirados em notas de R$ 50, uma após a outra, dariam uma fila de 630 km, que é aproximadamente a extensão do litoral do Estado do Rio. Ou, com cada cédula arrumada lado a lado, o valor total da premiação cobre o equivalente a 11 campos de futebol.
"Não é aconselhável ficar andando com esse dinheiro por aí, pois o peso é de aproximadamente 4 toneladas. A coluna de notas arrumadas em uma única pilha teria altura de mais que 350 metros. Mas organizadas para ocupar uma área equivalente a uma cama de casal, a altura é de um metro e meio, não teria como colocar tanto dinheiro embaixo do colchão", diz o professor da FGV EMAp Moacyr Alvim Silva.
Ainda segundo o estudo, a possibilidade de a Mega-Sena da Virada ter um único apostador premiado é 0,6%, levando em consideração que o volume de apostas é de 350 milhões de bilhetes, similar ao ocorrido em 2015 e 2016. De acordo com o levantamento, a probabilidade maior é que o prêmio de R$ 200 milhões seja dividido entre seis ou sete vencedores.
"A probabilidade de repartição do prêmio entre seis ganhadores é de 14,9%, o mesmo porcentual de chances de o concurso premiar sete ganhadores. Portanto, o valor mais provável que cada vencedor ganhará é de R$ 35 milhões ou R$ 30 milhões (seis ou sete apostas vencedoras, respectivamente). Em seguida, aparecem as probabilidades de oito e cinco vencedores, com 13% e 12,8%, respectivamente. A chance de acontecer nove ganhadores é de 10,1%", afirma o professor.
Silva destaca que, caso a Mega Sena da Virada tenha um vencedor único, o sortudo sem investir nada e colocando o dinheiro debaixo do colchão pode retirar R$ 50 mil todo mês e, mesmo assim, levaria 350 anos para gastar tudo.
"Investindo em um fundo bem conservador atual, com juros reais de 2% ao ano, ele pode retirar R$ 345 mil por mês, livre de risco e sem ter problemas com a inflação. O dinheiro nunca iria acabar", diz o professor.