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MEC vai colaborar com ajuste fiscal, diz Janine

Renato Janine Ribeiro afirmou que o MEC irá colaborar com o ajuste fiscal conduzido pelo Ministério da Fazenda para arrumar as contas do governo

Presidente Dilma Rousseff na posse do novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, no Palácio do Planalto (Ueslei Marcelino/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2015 às 17h32.

Brasília - Em sua posse nesta segunda-feira, 06, o novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que o MEC irá colaborar com o ajuste fiscal conduzido pelo Ministério da Fazenda para arrumar as contas públicas.

"Assumimos o compromisso de que esse ministério dará sua contribuição ao ajuste fiscal, que não um fim em si mesmo, mas para melhorar (o País). O ajuste nos permite delinear o futuro", defendeu.

De acordo com Janine, assumir o cargo "é um desafio de primeira grandeza" para ele, até então professor de filosofia e ética da Universidade de São Paulo (USP).

"Acredito que chegou a hora de converter em solução o bordão que diz que boa parte dos nossos problemas pode ser revertida com educação", disse, acrescentando que o País deve "usar a capacidade das universidades federais" para melhorar o ensino.

Sobre o Programa de Financiamento Estudantil (Fies), que tem atrasado o repasse a universidades privadas para as quais os estudantes contratam o financiamento, ele disse que os problemas precisam ser cuidados para que não se repitam.

O novo ministro anunciou o professor Gesualdo Pereira Faria para o comando da Secretaria de Educação Superior (Sesu) e o ex-reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) Paulo Nassiff como novo chefe da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi).

Compromisso

Janine Ribeiro exibiu um vídeo do professor emérito da USP Antônio Cândido, sociólogo e literato que está com 96 anos, que deu parabéns a ele pelo cargo e recordou a origem do MEC como parte da Revolução de 1930, responsável pela chegada do presidente Getúlio Vargas ao poder. "Janine é um pensador que sempre praticou a militância intelectual", disse.

O novo ministro abordou três fases históricas enfrentadas pelo Brasil nas últimas três décadas, com a redemocratização em 1985, passando pela estabilidade da moeda no governo Fernando Henrique Cardoso, até chegar à "terceira agenda" de inclusão social na administração Lula.

Segundo Janine Ribeiro, depois de cumpridas essas etapas, é que a Educação será colocada como peça fundamental do desenvolvimento do País, como foi pedido por manifestantes nas ruas em junho de 2013.

"A democracia que construímos a partir de 1985 é a mais sólida da nossa história", afirmou.

"A educação torna-se hoje o principal instrumento para consolidar e ampliar os avanços sociais que desde 2003 colocou na nossa agenda política", disse.

O ministro observou que democracia plena inclui qualidade dos serviços públicos. "De minha parte, saúdo o despertar da consciência pública para que os serviços públicos avancem em qualidade", disse. "Se o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) melhorou das cidades ao longo de três décadas foi porque as pessoas têm direito de organizar e se manifestar", avaliou.

Num discurso de defesa do avanço social ocorrido nas gestões de Lula e da presidente Dilma Rousseff, Janine Ribeiro declarou que, após a inclusão de 55 milhões de brasileiros na classe média, o passo seguinte é oferecer ensino de qualidade.

"A persistência da miséria é uma vergonha, mas não para o miserável e sim para os que deixam essa situação existir. Acabar com ela é nosso desafio ético", garantiu.

O ministro também defendeu o lema do segundo mandato de Dilma ("Brasil, pátria educadora"). "A palavra pátria já foi usurpada por interesses menores, por isso mesmo precisa ser recuperada", acredita.

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Brasília - Em sua posse nesta segunda-feira, 06, o novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que o MEC irá colaborar com o ajuste fiscal conduzido pelo Ministério da Fazenda para arrumar as contas públicas.

"Assumimos o compromisso de que esse ministério dará sua contribuição ao ajuste fiscal, que não um fim em si mesmo, mas para melhorar (o País). O ajuste nos permite delinear o futuro", defendeu.

De acordo com Janine, assumir o cargo "é um desafio de primeira grandeza" para ele, até então professor de filosofia e ética da Universidade de São Paulo (USP).

"Acredito que chegou a hora de converter em solução o bordão que diz que boa parte dos nossos problemas pode ser revertida com educação", disse, acrescentando que o País deve "usar a capacidade das universidades federais" para melhorar o ensino.

Sobre o Programa de Financiamento Estudantil (Fies), que tem atrasado o repasse a universidades privadas para as quais os estudantes contratam o financiamento, ele disse que os problemas precisam ser cuidados para que não se repitam.

O novo ministro anunciou o professor Gesualdo Pereira Faria para o comando da Secretaria de Educação Superior (Sesu) e o ex-reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) Paulo Nassiff como novo chefe da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi).

Compromisso

Janine Ribeiro exibiu um vídeo do professor emérito da USP Antônio Cândido, sociólogo e literato que está com 96 anos, que deu parabéns a ele pelo cargo e recordou a origem do MEC como parte da Revolução de 1930, responsável pela chegada do presidente Getúlio Vargas ao poder. "Janine é um pensador que sempre praticou a militância intelectual", disse.

O novo ministro abordou três fases históricas enfrentadas pelo Brasil nas últimas três décadas, com a redemocratização em 1985, passando pela estabilidade da moeda no governo Fernando Henrique Cardoso, até chegar à "terceira agenda" de inclusão social na administração Lula.

Segundo Janine Ribeiro, depois de cumpridas essas etapas, é que a Educação será colocada como peça fundamental do desenvolvimento do País, como foi pedido por manifestantes nas ruas em junho de 2013.

"A democracia que construímos a partir de 1985 é a mais sólida da nossa história", afirmou.

"A educação torna-se hoje o principal instrumento para consolidar e ampliar os avanços sociais que desde 2003 colocou na nossa agenda política", disse.

O ministro observou que democracia plena inclui qualidade dos serviços públicos. "De minha parte, saúdo o despertar da consciência pública para que os serviços públicos avancem em qualidade", disse. "Se o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) melhorou das cidades ao longo de três décadas foi porque as pessoas têm direito de organizar e se manifestar", avaliou.

Num discurso de defesa do avanço social ocorrido nas gestões de Lula e da presidente Dilma Rousseff, Janine Ribeiro declarou que, após a inclusão de 55 milhões de brasileiros na classe média, o passo seguinte é oferecer ensino de qualidade.

"A persistência da miséria é uma vergonha, mas não para o miserável e sim para os que deixam essa situação existir. Acabar com ela é nosso desafio ético", garantiu.

O ministro também defendeu o lema do segundo mandato de Dilma ("Brasil, pátria educadora"). "A palavra pátria já foi usurpada por interesses menores, por isso mesmo precisa ser recuperada", acredita.

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