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MEC diz que garantirá reajuste salarial a professores federais

Segundo ministro, o pagamento está contemplado no Projeto de Lei Orçamentária de 2017

Educação: parte do reajuste, de 5,5%, está sendo pago desde agosto deste ano (Marcos Santos/USP Imagens/Divulgação)
AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de novembro de 2016 às 21h20.

O ministro da Educação , Mendonça Filho, disse hoje (10) que garantirá o reajuste aprovado em julho desse ano de 10,77% a professores e servidores da área técnica de universidades e institutos federais.

Parte do reajuste, 5,5%, está sendo pago desde agosto deste ano. Os 5% restantes serão pagos a partir de janeiro de 2017. Segundo ele, o pagamento está contemplado no Projeto de Lei Orçamentária de 2017, que está em tramitação no Congresso Nacional.

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De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o pagamento dos salários até o final deste ano está garantido devido aO acréscimo de R$ 5 bilhões em créditos suplementares à pasta.

As universidades e os institutos federais serão contemplados com a maior parte do crédito, R$ 4,8 bilhões. Os demais R$ 200 mil serão destinados a outras unidades do MEC.

Já o restante, previsto para ser pago em 2017, aguarda aprovação do Congresso Nacional.

A declaração do ministro foi feita um dia antes de protestos da Jornada de Lutas, organizada por entidades sindicais de todo o país.

As representações dos servidores das universidades e institutos participam do ato. Nos institutos federais, de acordo com o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, servidores de 76 unidades estão em greve nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.

O MEC diz ainda que liberou, no último mês, R$ 742 milhões de limite de empenho às instituições federais de ensino. Com essa liberação, as universidades e institutos federais terão 100% de disponibilidade do orçamento para as despesas de custeio, necessárias para a manutenção e continuidade da prestação dos serviços, já a contar de outubro.

Ao todo, foram liberados R$ 800 milhões a mais do que os valores empenhados em 2015 para custeio das universidades federais e a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

Mobilização

Para a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Eblin Joseph Farage, a declaração é uma tentativa de desmobilizar o movimento e não garante o reajuste.

"O que ele está dizendo é que conseguiu crédito para nos pagar até o final do ano? O restante terá que ser aprovado ainda", questiona.

Segundo ela a principal pauta do movimento não é a questão salarial, mas o arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, a chamada PEC do Teto.

A matéria determina que o governo só poderá gastar, nas próximas duas décadas, o mesmo valor do ano anterior, corrigido pela inflação.

O texto aprovado pelos senadores prevê a possibilidade de revisão da regra a partir do décimo ano em que estiver em vigor.

"Para nós, a PEC vai impulsionar a retração dos universidades públicas. É impossível as universidades se manterem com os cortes que tiveram e se o teto do investimento se mantiver. Vai haver uma diminuição do que para nós já é insuficiente para educação pública", diz.

O MEC tem argumentado que um reajuste nas contas é necessário devido ao contexto de crise que o país atravessa. Educação e saúde, ao contrário das demais áreas, não possuem um limite de gastos.

Estão submetidas a um teto global, mas é possível que recursos sejam retirados de outras áreas para aumentar o investimento nesses setores.

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