Brasil

Marun: imbecil é quem pensa que questão no RJ se resolve em 1 mês

O ministro afirmou que a morte de Marielle Franco "é mais uma evidência" de que o governo "está no caminho certo" ao decretar a intervenção

Marun: "Se esse assassinato tinha o objetivo de nos assustar, de nos retirar do nosso rumo, esses bandidos se enganaram" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Marun: "Se esse assassinato tinha o objetivo de nos assustar, de nos retirar do nosso rumo, esses bandidos se enganaram" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de março de 2018 às 18h51.

Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta quinta-feira, 15,que a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) "é mais uma evidência" de que o governo federal "está no caminho certo" ao decretar a intervenção na segurança do Rio de Janeiro.

"É um crime bárbaro, que atinge uma representante do povo e nós temos a mais absoluta certeza que em breves dias, em função até da atuação da intervenção, nós teremos esse crime solucionado", disse. "Se esse assassinato tinha o objetivo de nos assustar, de nos retirar do nosso rumo, esses bandidos se enganaram", completou.

Marun afirmou que é absurda a versão daqueles que se colocam contra a intervenção e chamou de "imbecil" quem achou que em apenas um mês o governo iria resolver os problemas da segurança do Rio e disse que a intervenção "é necessária, está no início, mas já tem avanços". "Não podemos dizer, nem tínhamos a expectativa e, com todo respeito, imbecil é quem imaginou que em 30 dias teríamos solucionado a questão da violência no Rio de Janeiro".

O ministro disse que não está afastada a hipótese de o crime ter relação com a atividade da parlamentar e afirmou que, "até agora", ainda não há indícios de que ele tenha sido cometido pela milícia. "Esse assassinato é prova de que se faz necessária a adoção de medidas extremas, como essa que nós estamos adotando no Rio de Janeiro a partir da intervenção. A própria intervenção é uma medida extrema para uma situação excepcional", destacou.

Sobre a possibilidade de federalizar as investigações, Marun disse que o pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, poderia ser avaliado, mas ressaltou que o ministro da Segurança, Raul Jungmann, deve tomar uma posição sobre o tema.

Segundo auxiliares do presidente Michel Temer, Jungmann foi ao Rio acompanhado de membros da Agência Brasileira de Inteligência e também da Polícia Federal e, no encontro com o interventor Braga Netto, irá avaliar o procedimento das investigações.

Acompanhe tudo sobre:AssassinatosExércitoGoverno TemerMarielle FrancoRio de JaneiroViolência urbana

Mais de Brasil

Lula anunciará Paulo Pimenta como ministro para reconstrução do Rio Grande do Sul

TSE nega recurso que pedia cassação de Zema, mas aplica multa

Enchentes no RS: deputados aprovam 'calamidade' até 2026 e derrubam regras de gastos

Enchentes no RS: aeroporto Salgado Filho não deve reabrir até setembro

Mais na Exame