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Marina sugere nova agenda para reverter baixa produtividade

A ex-senadora afirmou que a falta de competitividade, o baixo investimento e a falta de inovação são sintomas do modelo de governo sem visão de longo prazo

Marina Silva: "Precisamos de políticas de longo prazo nos nossos curtos prazos políticos e isso só é possível em torno de uma agenda estratégica" (Lailson dos Santos/Veja)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 15h00.

São Paulo -Em momento "tudo ou nada" para a criação de seu novo partido - a resposta sobre a criação da sigla sai até quinta-feira -, o Rede Sustentabilidade, Marina Silva falou à uma plateia de empresários no EXAME Fórum , que acontece nesta segunda-feira em São Paulo, sobre a necessidade de se criar uma agenda estratégica de desenvolvimento para o Brasil.

Durante toda a sua fala (feita via videoconferência, já que Marina está em Brasília pressionando o TSE) e depois nas respostas às perguntas de André Lahoz, diretor de redação da revista EXAME, a ex-senadora insistiu que para superar os desafios da produtividade , o Brasil precisa de um compromisso programático que ultrapasse as barreiras de oposição e situação e que, uma vez estabelecido, seja aceito e executado por qualquer que seja o governo.

Marina Silva afirmou que a falta de competitividade, a baixa taxa de investimento e o baixo índice de inovação são sintomas desse modelo de estado e governo, que não funciona mais.

Segundo ela, a lógica do poder pelo poder, da oposição pela oposição e da agenda de curto de prazo, ameaça, inclusive, as importantes conquistas econômicas e sociais alcançadas nos governos FHC e Lula.

"Precisamos de políticas de longo prazo nos nossos curtos prazos políticos e isso só é possível em torno de uma agenda estratégica que englobe todos os setores e crie um ambiente de confiança", disse.

Confiança

Segundo ela,contribui para a desconfiança generalizada a presença constante do estado, que não sabe a hora de se ausentar e deixar o mercado criar o ambiente de confiança necessário para atrair os investimentos.

"Precisamos sair da dualidade de estado provedor x estado fiscalizador. Precisamos de um estado mobilizador, que consiga mobilizar o melhor de si mesmo, do setor privado e da academia", explicou.

Desafio da sustentabilidade

A ex-senadora falou ainda sobre o desafio de conciliar uma agenda segura, do ponto de vista da sustentabilidade , com as necessidades de obras de infraestrutura.

"O primeiro desafio é não tratar isso como conflito e perceber a necessidade de preservação dos ativos ambientas como algo a ser integrado ao desenvolvimento", afirmou.

Segundo ela, é possível ganhar agilidade no processo de licenciamento sem perder qualidade, mas é importante não confundir agilidade com "flexibilização daquilo que não deve ser flexibilizado".

Indústria

Marina fez ainda críticas ao protecionismo do governo com as indústrias brasileiras, o que, segundo ela, atrapalhou o ambiente competitivo."O protecionismo faz com que haja um atrofiamento na nossa capacidade de produzir com maior eficiência e nos firmar em setores mais promissores", afirmou.

"Nós teríamos um grande potencial se já tivéssemos feito o dever de casa em relação às indústrias farmacêutica, de cosméticos, de novos produtos e de novos materiais.É preciso novos projetos identificatórios. A realidade é poliglota, nós é que somos monoglotas e vamos acabar ficando para trás", concluiu.

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São Paulo -Em momento "tudo ou nada" para a criação de seu novo partido - a resposta sobre a criação da sigla sai até quinta-feira -, o Rede Sustentabilidade, Marina Silva falou à uma plateia de empresários no EXAME Fórum , que acontece nesta segunda-feira em São Paulo, sobre a necessidade de se criar uma agenda estratégica de desenvolvimento para o Brasil.

Durante toda a sua fala (feita via videoconferência, já que Marina está em Brasília pressionando o TSE) e depois nas respostas às perguntas de André Lahoz, diretor de redação da revista EXAME, a ex-senadora insistiu que para superar os desafios da produtividade , o Brasil precisa de um compromisso programático que ultrapasse as barreiras de oposição e situação e que, uma vez estabelecido, seja aceito e executado por qualquer que seja o governo.

Marina Silva afirmou que a falta de competitividade, a baixa taxa de investimento e o baixo índice de inovação são sintomas desse modelo de estado e governo, que não funciona mais.

Segundo ela, a lógica do poder pelo poder, da oposição pela oposição e da agenda de curto de prazo, ameaça, inclusive, as importantes conquistas econômicas e sociais alcançadas nos governos FHC e Lula.

"Precisamos de políticas de longo prazo nos nossos curtos prazos políticos e isso só é possível em torno de uma agenda estratégica que englobe todos os setores e crie um ambiente de confiança", disse.

Confiança

Segundo ela,contribui para a desconfiança generalizada a presença constante do estado, que não sabe a hora de se ausentar e deixar o mercado criar o ambiente de confiança necessário para atrair os investimentos.

"Precisamos sair da dualidade de estado provedor x estado fiscalizador. Precisamos de um estado mobilizador, que consiga mobilizar o melhor de si mesmo, do setor privado e da academia", explicou.

Desafio da sustentabilidade

A ex-senadora falou ainda sobre o desafio de conciliar uma agenda segura, do ponto de vista da sustentabilidade , com as necessidades de obras de infraestrutura.

"O primeiro desafio é não tratar isso como conflito e perceber a necessidade de preservação dos ativos ambientas como algo a ser integrado ao desenvolvimento", afirmou.

Segundo ela, é possível ganhar agilidade no processo de licenciamento sem perder qualidade, mas é importante não confundir agilidade com "flexibilização daquilo que não deve ser flexibilizado".

Indústria

Marina fez ainda críticas ao protecionismo do governo com as indústrias brasileiras, o que, segundo ela, atrapalhou o ambiente competitivo."O protecionismo faz com que haja um atrofiamento na nossa capacidade de produzir com maior eficiência e nos firmar em setores mais promissores", afirmou.

"Nós teríamos um grande potencial se já tivéssemos feito o dever de casa em relação às indústrias farmacêutica, de cosméticos, de novos produtos e de novos materiais.É preciso novos projetos identificatórios. A realidade é poliglota, nós é que somos monoglotas e vamos acabar ficando para trás", concluiu.

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