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“Marina injeta carisma na disputa”, diz Financial Times

Para o jornal, com a morte de Campos, Marina toma lugar como a candidata que mais ameaça a presidente Dilma Rousseff


	Marina Silva ao lado de Renata Campos no velório de Eduardo Campos
 (REUTERS/Ricardo Moraes)

Marina Silva ao lado de Renata Campos no velório de Eduardo Campos (REUTERS/Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 13h26.

São Paulo – A ascensão do nome de Marina Silva após a trágica morte do candidato Eduardo Campos “injetará carisma na campanha presidencial”. É o que diz reportagem publicada nesta segunda-feira pelo britânico Financial Times.

Um dia após o enterro do líder pernambucano, o jornal destaca que Marina “enganou a morte mais uma vez” ao decidir, de última hora, que não acompanharia Campos no voo que também matou outras seis pessoas.

A trajetória da ex-senadora - que sobreviveu à malária e hepatite na região amazônica e às ameaças de morte durante sua luta como ambientalista – é vista pelo jornal como vantagem que pode desbancar a confiança de Dilma Rousseff.

“As angustiantes experiências tornaram a mulher de 56 anos frágil e levemente curvada, frequentemente vista com círculos escuros ao redor dos olhos. Mas suas batalhas contra a morte, a pobreza e o analfabetismo também fortaleceram sua determinação de ferro, transformando-a em provável líder pra o segundo maior mercado emergente do mundo”, diz o texto.

De acordo com o jornal, Marina seria a candidata mais perigosa para Dilma Rousseff, podendo acabar com as esperanças da atual presidente de se reeleger ainda no primeiro turno.

“A maior dúvida, no entanto, é se Marina será capaz de ganhar o voto dos pobres e da nova classe média, que tradicionalmente são eleitores leais ao PT”, pondera.

Por outro lado, segundo o jornal, o lema da candidata de “não propor políticas, mas sim uma nova forma de fazer política” pode ganhar os votos dos que mostraram sua insatisfação com o atual governo durante as manifestações de julho.

Mas, diante da reviravolta que marcou os últimos dias, o texto também é encerrado na mesma linha cautelosa dos analistas políticos brasileiros sobre o novo cenário eleitoral: "Quando o assunto é política, qualquer coisa pode acontecer".

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