Marina Silva critica permanência do PSDB na base aliada de Temer
Ela considerou a decisão uma "trágica repetição às avessas" da postura do PMDB quando o impeachment de Dilma Rousseff começava a ganhar corpo
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de junho de 2017 às 21h46.
São Paulo - A ex-senadora Marina Silva (Rede-AC) publicou nesta terça-feira, 13, no Twitter, duras críticas à decisão tomada ontem à noite pelo PSDB de permanecer na base do governo de Michel Temer , o qual Marina chamou de "desacreditado".
Ela considerou a decisão uma "trágica repetição às avessas" da postura adotada pelo PMDB quando o impeachment de Dilma Rousseff começava a ganhar corpo, no ano passado.
"O PMDB, em aliança com o PT, levou o País a uma de suas piores crises. Há ano e diante da expectativa de assumir o poder, em 3 minutos o PMDB 'rompeu' a aliança que mantinha há 13 anos com o PT. Ontem, em uma trágica repetição às avessas e na ânsia de se manter no poder, foi a vez do PSDB", comentou a ex-senadora.
Em referência à justificativa apresentada pela cúpula do PSDB, de que continuará no governo até que surjam novos fatos, Marina avaliou que a posição foi tomada "enquanto o País está há muito tempo atônito".
"Não bastou a revelação dos graves crimes, inegavelmente cometidos, tendo sido argumentada pelo seu próprio advogado no TSE", lembrou Marina em uma das postagens.
"O presidente do PSDB disse que permanecer no governo é mera circunstância, sem renúncia das convicções de que houve corrupção", emendou, antes de apontar supostas contradições na decisão do partido.
"Parafraseando o presidente do PSDB (Tasso Jereissati), uma vergonhosa incoerência que se colocará diante da História. Ao PSDB nenhuma autocrítica, apenas a cumplicidade com a fraude e a impunidade, guiadas pelo relativismo ético e vitimização histórica", concluiu.