Acompanhe:

Marina Silva confirma convite a Eduardo Jorge para vice em sua chapa

Pré-candidata criticou na noite de terça-feira acordos políticos fechados para evitar mudanças no país, citando o chamado centrão

Modo escuro

Continua após a publicidade
Marina Silva: pré-candidata à Presidência pela Rede criticou os acordos políticos fechados para evitar mudanças no país, citando o chamado centrão (Adriano Machado/Reuters)

Marina Silva: pré-candidata à Presidência pela Rede criticou os acordos políticos fechados para evitar mudanças no país, citando o chamado centrão (Adriano Machado/Reuters)

R
Reuters

Publicado em 1 de agosto de 2018 às, 09h50.

Brasília - A pré-candidata à Presidência pela Rede, Marina Silva, criticou na noite de terça-feira acordos políticos fechados para evitar mudanças no país, citando o chamado centrão, e afirmou, em entrevista à emissora Globonews, que fará um governo de transição caso eleita.

Em sua terceira tentativa de chegar ao Planalto, Marina confirmou ainda o convite a Eduardo Jorge, do Partido Verde, para ser candidato a vice em sua chapa, e disse aguardar uma resposta da sigla.

"Para alcançar o investimento correto na segurança, na saúde, na educação, na infraestrutura, no desenvolvimento sustentável para um novo ciclo de prosperidade, depende de mudanças políticas estruturantes e os de sempre já estão fazendo os acordões para que nada mude", disse a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, que terá sua candidatura oficializada na convenção da Rede no sábado.

"Eu acho que é a isso que a população tem que se insurgir... não vamos deixar que o centrão substitua a população".

A pré-candidata se posicionou categoricamente contra a reeleição, instrumento que levou, segundo ela, o país para o "buraco" ao motivar a "contabilidade criativa", compra de votos e corrupção. Para Marina, seu governo seria de transição e representaria uma oportunidade de "unir o país" e estabelecer um "novo alinhamento político".

Questionada sobre as ideias de um de seus principais adversários na corrida pelo Palácio do Planalto, o deputado Jair Bolsonaro (PSL), considerou-as "retrógradas" em relação aos princípios de democracia, aos direitos humanos, à segurança pública e à gestão pública.

"Infelizmente são ideias completamente avessas a tudo que já avançamos no nosso país", disse.

Com longo histórico e participação em movimentos sociais e ambientais, Marina avaliou que os eleitores estão "indignados" e "decepcionados" com o modelo político adotado até hoje no país, motivo pelo qual, segunda ela, Bolsonaro lidera pesquisas eleitorais nos cenários em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não figura como candidato.

"Neste momento, o primeiro grito é da indignação, mas eu espero que a gente tenha um espaço de elaboração", afirmou, acrescentando que isso se dará por meio do debate.

Marina criticou, sem citar nomes, o que chamou de ideias mirabolantes para o problema da segurança pública que sugerem armar o cidadão para que aja "por si", e aproveitou para dizer que o uso das Forças Armadas para segurança pública não pode virar um "hábito".

A candidata também se posicionou contrária a uma revisão da Lei da Anistia, por entender que criaria uma instabilidade "muito grande".

Sobre eventual influência de sua opção religiosa em temas sensíveis como o aborto e a pesquisa com células-tronco, reafirmou sua defesa do estado laico e negou que tenha apresentado qualquer proposição com motivação religiosa durante sua atuação política.

No caso dos licenciamentos ambientais, argumentou que os órgãos do setor não são feitos apenas para " carimbar" projetos, mas admitiu a necessidade de modernizar e agilizar o processo.

A pré-candidata ainda defendeu-se de críticas sobre sua reação ao desastre decorrente do rompimento de uma barragem em Mariana (MG). "Quem tem ética política não usa da desgraça para faturar".

Marina voltou a afirmar que é possível conciliar a agenda da sustentabilidade com a do agronegócio, que pode se desenvolver não por aumento de extensão, mas por ganho de produtividade.

Política externa

Sobre a crise enfrentada pela Venezuela, a pré-candidata da Rede declarou que o país não vive uma democracia, e defendeu que os vizinhos atuem para encontrar uma saída ao que considerou uma "tragédia anunciada".

Marina disse ainda ter saudade do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama à frente da maior economia do mundo, e avaliou que o atual presidente dos EUA, Donald Trump, trouxe um "grande retrocesso para a política externa atual" ao colocar em prática um "protecionismo primitivo".

Últimas Notícias

Ver mais
Marina Silva declara apoio a Boulos e diz que SP tem desafio de ‘estabilizar democracia’
Brasil

Marina Silva declara apoio a Boulos e diz que SP tem desafio de ‘estabilizar democracia’

Há 5 dias

O encontro entre o produtivismo de Janet Yellen e a reindustrialização verde de Marina Silva
ESG

O encontro entre o produtivismo de Janet Yellen e a reindustrialização verde de Marina Silva

Há um mês

Marina Silva reitera meta de zerar desmatamento até 2030 em encontro com Yellen
ESG

Marina Silva reitera meta de zerar desmatamento até 2030 em encontro com Yellen

Há um mês

Agenda do G20 Brasil prevê comunicado e coletiva com Marina e Yellen
Economia

Agenda do G20 Brasil prevê comunicado e coletiva com Marina e Yellen

Há um mês

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais